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Congresso internacional evoca ação dos Dominicanos no mundo luso-hispânico

"Estruturas e história institucional", "correntes de espiritualidade", ação pastoral, missões e confrarias" e "património edificado, artes, iconologia e música" são alguns dos temas que a organização do congresso internacional sobre a atividade dos Dominicanos no mundo luso-hispânico, que decorre de 23 a 26 de julho, em Lisboa, se propõe abordar.

A iniciativa é organizada pela Sociedade de Geografia de Lisboa, em parceria com o Instituto de São Tomás de Aquino, Centro de História de Além-Mar (Universidade Nova e Universidade dos Açores), Centro de Estudos de História Religiosa (Universidade Católica Portuguesa), Centro Interdisciplinar de História, Culturas e Sociedades da Universidade de Évora e Centro de Estudos em Ciências das Religiões (Universidade Lusófona).

O congresso "Os Dominicanos no mundo luso-hispânico. História, Arte e Património" procura reunir o contributo de investigadores também em áreas como a "assistência e ensino", "biografias de relevo", "circuitos e itinerância no mundo", "extinção, restauração, atualidade" e "bibliotecas, arquivos e fontes".

Os interessados em participar devem enviar até 15 de abril o tema, e até ao dia 30 do mesmo mês o título definitivo com o respetivo resumo (máximo de uma página e meia), acompanhado duma nota biográfica. Após a apreciação do Conselho Científico, os autores serão notificados. O programa definitivo estará disponível a partir de 1 de junho.

A Ordem dos Pregadores, vulgarmente conhecida por Dominicana, evocando o seu fundador, teve origem num grupo de homens dirigido por Domingos de Gusmão (Caleruega, atual Espanha, 1170 - Bolonha, atual Itália, 1221), que se reuniu em 1215 (há 799 anos) na cidade de Toulouse, atual França.

A novidade do projeto, autorizado no mesmo ano pelo papa Inocêncio III, e posteriormente confirmada por Homório III, em 1216, estava na pregação, necessidade vital para a Igreja no contexto da conversão dos hereges e descrentes.

Para este efeito, era fundamental que os religiosos conhecessem profundamente a Bíblia e a doutrina. Fortemente eruditos - a congregação foi apelidada de "Ordo Doctorum" -, não deixaram de se despojar de bens materiais.

O ramo feminino da Ordem dos Pregadores foi criado antes do masculino, dado que S. Domingos fundou um mosteiro de mulheres em Prouille, atual França, em 1206.

O primeiro dominicano que chegou a Portugal, em 1217, foi o Fr. Soeiro Gomes, um dos 16 companheiros iniciais de S. Domingos. A fundação do Vicariato de Portugal da Província de Espanha ocorreu em 1275.

Montejunto, mais tarde transferido para Santarém, Coimbra, Porto, Lisboa, Elvas, Guimarães e Évora receberam conventos da Ordem dos Pregadores ainda no séc. XIII. O primeiro mosteiro feminino em Portugal foi erigido no ano de 1224, em Chelas. Em 1418, a Província portuguesa autonomizou-se da ibérica.

Um dos mais proeminentes dominicanos portugueses foi o frei Bartolomeu dos Mártires, de quem se assinalam em 2014 os 500 anos do nascimento, ocorrido em Lisboa. Arcebispo de Braga, destacou-se pela proximidade e apoio às pessoas mais carenciadas. Enviado ao Concílio de Trento, notabilizou-se pela aplicação das suas medidas em território português.

Em 1868 surgiu em Portugal a Congregação das Irmãs Dominicanas de Santa Catarina de Sena, confirmada pelo papa Leão XIII em 1900, que deve as suas raízes ao trabalho caritativo de Teresa de Saldanha.

 

Rui Jorge Martins
© SNPC | 09.05.14

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