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Estreia em Portugal de "Stabat Mater dolorosa" de James Dillon abre ciclo de concertos de música sacra

Estreia em Portugal de "Stabat Mater dolorosa" de James Dillon abre ciclo de concertos de música sacra

Imagem Tríptico da Crucificação | Rogier van der Weyden | C. 1445 | Museu Kunsthistorisches Museum, Viena, Áustria

A Casa da Música, no Porto, estreia em Portugal, a 4 de abril, a peça "Stabat Mater dolorosa", do compositor escocês James Dillon (n. 1950), que resulta de uma encomenda conjunta da instituição, da BBC Radio 3 e do Festival de Música Contemporânea de Huddersfield.

Considerada «pela crítica inglesa o ponto alto do festival e uma obra “poderosamente original”», a composição, escrita para 12 cantores e 12 instrumentistas, «é uma peça de fôlego, ultrapassando uma hora de música onde o texto tradicional se entrecruza com comentários de Donne, Rilke ou Picasso, entre outros autores», anuncia a Casa da Música.

«Levado a explorar toda a carga simbólica associada a um dos textos mais celebrados do cristianismo, inspirado na imensa iconografia relacionada com o tema, James Dillon criou imagens e ambientes sonoros de grande impacto», tendo sido considerada pelo jornal britânico "The Guardian" um trabalho «belo, estranho e comovente».

A evocação da lamento doloroso da Virgem Maria diante da morte na cruz do seu filho Jesus será interpretada às 19h30 pelo Remix Ensemble Casa da Música, Coro Casa da Música, com eletrónica do Digitópia Collective e direção musical de Peter Rundel.

A peça «monumental» abre um ciclo de quatro concertos que a Casa da Música propõe na fase final da Quaresma inspirado maioritariamente em textos sagrados, que «deram origem a inúmeras páginas de música comovente e introspetiva ao longo de toda a história».



O "Hymne au Saint Sacrement", estreado em 1933, «percorreu um caminho sinuoso»: «a partitura desapareceu durante a guerra e Messiaen reconstituiu-a de memória catorze anos mais tarde, dando a conhecer novamente uma partitura de surpreendente colorido orquestral»



No dia 8 de abril, pelas 18h00, a Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música, novamente dirigida por Peter Rundel, interpreta a "Via Sacra", de James Dillon", "Hymne au Saint Sacrement" (Olivier Messiaen) e "Sinfonia do Requiem" (Benjamin Britten).

«Três grandes obras do século XX, unidas sob a mesma temática, mostram‑nos três correntes estéticas distintas mas igualmente expressivas» começando com a "Via Sacra", para grande orquestra, que constitui uma marca de Dillon da sua obra na viragem para o século XXI.

O "Hymne au Saint Sacrement", estreado em 1933, «percorreu um caminho sinuoso»: «a partitura desapareceu durante a guerra e Messiaen reconstituiu-a de memória catorze anos mais tarde, dando a conhecer novamente uma partitura de surpreendente colorido orquestral».

«Um Requiem puramente orquestral da autoria de Britten, o compositor britânico mais influente do século XX, encerra o programa num comovente apelo à paz», assinala a Casa da Música.



«Criada para assinalar a comemoração dos 50 anos do fim da II Guerra Mundial, "Dona nobis pacem" é uma obra que transforma um período de terror e medo numa homenagem intemporal à inconstante luta da humanidade pela paz»



O programa quaresmal prossegue com "Sword & crown" (Edward Gregson), "Dona nobis pacem" (Martin Ellerby) e "Colour symphony" (Philip Sparke), que a Banda Sinfónica Portuguesa, com direção musical de Douglas Bostock, apresenta a 9 de abril, às 12h00.

«Criada para assinalar a comemoração dos 50 anos do fim da II Guerra Mundial, "Dona nobis pacem" é uma obra que transforma um período de terror e medo numa homenagem intemporal à inconstante luta da humanidade pela paz», explica a sinopse do concerto.

O ciclo termina a 12 de abril, quarta-feira da Semana Santa, com "Sinfonia al Santo Sepolcro, RV 169" (Antonio Vivaldi), "Il pianto di Maria" (Giovanni Battista Ferrandini), "Concerto grosso op.7 nº 2" (Francesco Geminiani), "Concerto para oboé op.9 nº 2" (Tomaso Albinoni), "Salve Regina" (Vivaldi) e "Concerto grosso op.3 nº 1" (Pieter Hellendaal).

«Durante muito tempo atribuído a Händel, "O pranto de Maria" é uma das obras mais notáveis do compositor italiano Giovanni Battista Ferrandini. Exemplo máximo do estilo italiano, o "Salve Regina" de Vivaldi é uma das obras vocais favoritas do período Barroco», refere a nota de apresentação.

O concerto, marcado para as 21h00, é interpretado pela Orquestra Barroca Casa da Música, com Mónica Monteiro (soprano), Pedro Castro (oboé) e Laurence Cummings (cravo e direção musical).



 

SNPC
Publicado em 09.03.2017

 

 

 
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