“Fellini vs. Pasolini? As periferias da existência e o caminho da graça” foi o título de uma mesa redonda integrada no ciclo “Obras e rostos da arte” que a Pontifícia Universidade Gregoriana, em Roma, organizou na quarta-feira.
A iniciativa daquela que é considerada uma das mais prestigiadas instituições de ensino superior da Igreja católica teve como protagonistas os críticos cinematográficos Andrea Minuz (Universidade Sapienza, Roma), Tomaso Subini (Universidade de Turim) e o jesuíta Virgilio Fantuzzi, da revista “La Civiltà Cattolica”.
A reflexão centrou-se na obra dos dois realizadores italianos «que desenvolveram a sua própria poética precisamente nas “periferias da existência”, com a disrupção de extemporâneos golpes de graça. Cada um com a própria sensibilidade, cada um com a própria humanidade sofrida», explicaram os organizadores à agência italiana Sir.
A mesma universidade acolhe no dia 24 de novembro a conferência “Bill Viola: a espiritualidade mística na experiência estética”, que encerra o ciclo “Arte, fé e espiritualidade: da Antiguidade aos nossos dias”.
A iniciativa percorreu, desde outubro, os frescos de Giotto sobre a Virgem Maria na capela dos Scrovegni, em Pádua, os mosaicos da basílica dos Santos Cosme e Damião, em Roma, a fé e arte no beato Angelico e o “Miserere” do padre e compositor Gregorio Allegri.
Rui Jorge Martins