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Guimarães

Capital Europeia da Cultura deve ser acessível aos mais pobres, considera arcebispo de Braga

O arcebispo de Braga, D. Jorge Ortiga, considera que Guimarães 2012 Capital Europeia da Cultura, que se inicia este sábado, deve ser acessível aos mais pobres e sublinha que as verbas gastas nas atividades culturais não são desperdício.

«Para a população e principalmente para as famílias que estão a passar um momento difícil nesta região, deveria haver ainda mais abertura para que mais pessoas pudessem participar, para que a Capital da Cultura não fosse apenas um acontecimento de elite», afirmou o responsável pela ação social da Igreja Católica, citado pela Renascença.

D. Jorge Ortiga frisou que Portugal «merece um pouco mais de atenção à cultura», pelo que o Governo, «naquilo em que é possível e nas situações concretas e difíceis» do país, «não deve considerar dinheiro perdido aquele que é gasto na cultura no sentido genuíno da palavra».

O responsável sublinhou também que a preservação dos bens culturais está aquém das necessidades: «O património que temos é uma dimensão cultural imprescindível e todos nós reconhecemos que se tem feito muito no campo da preservação do património mas ainda não se faz o suficiente. Há muito caminho para percorrer dentro desta realidade».

O prelado vai participar na cerimónia de abertura da Capital Europeia da Cultura, que decorre no Pavilhão Multiusos, juntamente com o novo cardeal português, D. Manuel Monteiro de Castro.

O pároco de Guimarães disse esta sexta-feira ao Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura que o preço dos ingressos é «relativamente acessível»: «Num tempo de crise, o facto de os bilhetes custarem no máximo 10 euros é um apelo para que todos façamos parte desta iniciativa».

 

© SNPC | 21.01.12

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