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Filosofia contemporânea

Jacques Maritain: Filosofia ou o amor da verdade

Em 1966 Nora, esposa de Vittorio Possenti, escrevia a Jacques Maritain: «Desejaríamos sobretudo manifestar-lhe a nossa profunda gratidão por aquilo que nos ensinou e a nossa sincera admiração pela sua obra e pelo seu testemunho de filósofo cristão… O pensamento de Jacques Maritain fica para nós indissoluvelmente ligado ao de Raïssa… O vosso comum amor à verdade é para nós, e não apenas para nós, um exemplo inesquecível».

Admirável testemunho este. Mas quem é Jacques Maritain? Pergunta retórica certamente, pois o autor de “Humanismo Integral” é certamente conhecido como um dos maiores filósofos cristãos (católico) do século XX.

Discípulo de Henri Bergson e amigo de Étienne Gilson, Jacques Maritain nasce em Paris a 18 de novembro de 1882. A infância de Maritain é marcada pela influência da família no protestantismo liberal. Mas também o ambiente universitário envolto no laicismo, positivismo, relativismo e idealismo marcará o pensamento do filósofo francês. Todavia, tal influência conduzirá Maritain ao ceticismo.

Em 1901 conhece na Sorbonne Raïssa Oumançoff, ucraniana de nascimento, com quem casará em 1904, tornando-se também sua colaboradora. Em 1901-1902 por sugestão de Charles Péguy, Maritain e Raïssa frequentam o curso de Bergson. Em 1906 graças ao contacto com Léon Bloy, que conhecera em 1905, Jacques e Raïssa convertem-se ao catolicismo, recebendo o batismo em 1906. Entre os anos de 1906-1908, J. Maritain estuda biologia em Heidelberg. Mas em 1909 sob influência do Padre Clérissac o casal Maritain inicia-se no estudo de São Tomás de Aquino, do qual J. Maritain será um aplicado seguidor, descobrindo assim a sua vocação filosófica debaixo do patronato de São Tomás.

Em 1910 publica o seu primeiro artigo “A ciência moderna e a razão”, e também o seu primeiro volume «a “Filosofia bergsoniana”(1914), que representa o manifesto do renascimento tomista na França. Torna-se então professor de filosofia do Instituto Católico de Paris. Em 1920, inicia as reuniões de onde nasceram os “Círculos Tomistas”, confiados à direção espiritual do Padre G.-Lagrange. Publica juntamente com Raïssa, “Vida de oração”(1922).

Durante a II Guerra Mundial (1939-1965), Maritain, porque Raïssa é judia, viveu exilado nos Estados Unidos onde dá aulas em várias Universidades. Permanece nos EUA até 1948, quando regressa a França, pois é desde de 1944 Embaixador da França junto da Santa Sé. Em 1959 em colaboração com Raïssa escreve “Liturgia e Contemplação”, mas em 1960 morre Raïssa e Jacques Maritain muda-se para Toulouse para a comunidade dos “Petits Frères de Jesus” onde viria a professar em 1971. Jacques Maritain morre em 28 de abril de 1973, sendo sepultado em Kolbsheim ao lado de Raïssa.

Étienne Gilson dirá de J. Maritain: «Nenhum metafísico terá jamais encontrado na familiaridade do eterno o segredo de uma familiaridade mais perfeita, no seu comércio íntimo, com os problemas do seu tempo». E acerca da sua vida de relação com Deus dirá anos mais tarde, já Raïssa tinha morrido, Possenti: «(...) em Maritain o amor de Deus e o amor do homem era uma só coisa».

 

L. Oliveira Marques
© SNPC | 07.02.11

Jacques Maritain
































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