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Vemos, ouvimos e lemos. Não podemos ignorar

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Vemos, ouvimos e lemos. Não podemos ignorar

Vemos, ouvimos e lemos que em Lahore, no Paquistão, foram mortas 14 pessoas em duas Igrejas Cristãs: Católica e Comunhão Anglicana.

Vemos, ouvimos e lemos que a madre superiora de uma congregação, na Índia, foi violada durante um assalto ao convento onde residia.

Vemos, ouvimos e lemos notícias sobre refugiados cristãos assírios, caldeus e sírios no Líbano.

Vemos, ouvimos e lemos o grito do Patriarca de Antioquia, Ignatius Joseph III Younan, após o sequestro, por parte do Estado Islâmico, na Síria, de 150 cristãos: «Eles não respeitam a vida humana».

Vemos, ouvimos e lemos que na Nigéria as mulheres e crianças são usadas para ataques suicidas.

Vemos, ouvimos e lemos o assassínio, na Líbia, de 21 trabalhadores cristãos coptas.

Vemos, ouvimos e lemos os relatórios da Ajuda à Igreja que Sofre e damos conta das perseguições aos cristão nos seguintes países: Afeganistão, República Centro-Africana, Egipto, Irão, Iraque, Líbia, Maldivas, Nigéria, Paquistão, Arábia Saudita, Somália, Sudão, Síria, Iémen, Mianmar (a antiga Birmânia), China, Eritreia, Coreia do Norte, Azerbaijão e o Usbequistão.

Vemos, ouvimos e lemos o Papa Francisco afirmar que «O sangue dos nossos irmãos cristãos é um testemunho que clama. Quer sejam católicos, ortodoxos, coptas ou luteranos, não importa: são cristãos! E o sangue é o mesmo. O sangue confessa Cristo» (1).

Não podemos ignorar os nossos irmãos perseguidos e mortos que cometeram o “pecado” de se assumirem como cristãos. É que “se um membro sofre, todos sofrem com ele”.

Não podemos ignorar, também, os fiéis muçulmanos e de outras religiões que também são vítimas do extremismo fundamentalista.

Não podemos ignorar que o templo de Deus somos nós mesmos e que ao sermos violentados e perseguidos é também o Senhor que Sofre.

Não podemos ignorar o apelo do Papa Francisco para “que esta perseguição contra os cristãos, que o mundo procura esconder, acabe e haja paz”.

A Comissão Nacional de Justiça e Paz apela a todos os cristãos e pessoas de boa vontade para que acompanhem os nossos irmãos que sofrem estes horrores e perseguições e para que não os ignorem. Neste tempo de oração mais intensa em que recordamos a Paixão e Morte de Jesus Cristo, sejamos firmes na Oração, saibamos levar a Esperança a quem dela necessita e pratiquemos a nossa Caridade através do apoio a todos aqueles que, no terreno, estão junto dos violentados e perseguidos.

Apelamos às autoridades políticas nacionais e internacionais para que façam tudo o que está ao seu alcance, no quadro da ética e do direito, em ordem a pôr termo a esta situação. À comunicação social apelamos para que não remetam à não notícia estes massacres humanos.

Não podemos ignorar!

 

O título retoma os conhecidos primeiros versos de quadras de Sophia de Mello Breyner Andresen feitas para a vigília do Dia Mundial da Paz de 1969 (São Domingos, Lisboa), publicadas primeiro em folhetos, depois incluídas no livro de J. Felicidade Alves, "Católicos e Política. De Humberto Delgado a Marcelo Caetano", Edição do Autor, Lisboa, 1969, p. 272.

(1) Discurso do Papa Francisco ao Reverendo John P. Chalmers Moderador Da Igreja Da Escócia, 16 de Fevereiro de 2015.

 

Comissão Nacional Justiça e Paz
Nota sobre as perseguições aos cristãos
Semana Santa 2015
Publicado em 30.03.2015 | Atualizado em 21.04.2023

 

 

 
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Neste tempo de oração mais intensa em que recordamos a Paixão e Morte de Jesus Cristo, sejamos firmes na Oração, saibamos levar a Esperança a quem dela necessita e pratiquemos a nossa Caridade através do apoio a todos aqueles que, no terreno, estão junto dos violentados e perseguidos
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