“Sede de paz. Religiões e culturas em diálogo” é o tema do Dia Mundial de Oração pela Paz que vai ser assinalado a 20 de setembro. O papa e membros de Igrejas cristãs e de várias religiões com expressão mundial evocarão a data com um encontro em Assis.
De acordo com o programa divulgado pela Santa Sé, Francisco sai do heliporto do Vaticano e chega às imediações de Assis pelas 10h05 (hora de Portugal continental), onde é recebido pelo arcebispo local e por responsáveis do poder público da cidade e da região.
Pelas 10h30 o papa entra no convento de Assis, onde é recebido pelo patriarca ecuménico de Constantinopla, Bartolomeu I, o patriarca siro-ortodoxo de Antioquia, ambos da Igreja ortodoxa, e pelo arcebispo de Canterbury, Justin Welby, da Igreja anglicana.
À espera de Francisco estarão também um representante muçulmano, um representante do judaísmo e o chefe supremo de tendai, escola japonesa do budismo maaiana, refere o programa.
Após as saudações, todos se dirigem ao claustro de Sisto IV, onde são aguardados por representantes de Igrejas e religiões do mundo, bem como pelos bispos católicos da região da Úmbria.
Francisco cumprimentará pessoalmente todos os presentes, que a seguir almoçam no refeitório do convento, juntamente com vítimas da guerra. Durante a refeição o presidente da Comunidade de Santo Egídio, Marco Impagliazzo, recordará o 25. aniversário do patriarcado de Bartolomeu I.
Pelas 14h15 o papa encontra-se individualmente com Bartolomeu I, o representante muçulmano, Justin Welby, Efrém II e o representante do judaísmo, seguindo a mesma ordem com que os cumprimentou à chegada a Assis.
A oração pela paz está prevista para as 15h00 em diferentes lugares: na basílica inferior de S. Francisco celebra-se uma oração ecuménica dos cristãos. Concluídas as preces, os participantes saem ao encontro dos representantes de outras religiões, que oraram noutros espaços.
A cerimónia de encerramento, marcada para as 16h15, começa pela saudação do arcebispo de Assis, seguindo-se seis mensagens, proferidas por uma vítima da guerra, Bartolomeu I, um representante muçulmano, um representante do judaísmo, o patriarca budista japonês e o fundador da Comunidade de Santo Egídio, Andrea Riccardi.
A sessão prossegue com a intervenção do papa, que antecede a leitura de um apelo à paz, que entregue por crianças de várias nações.
Por fim, far-se-á um momento de silêncio pelas vítimas da guerra, é assinado um Apelo à Paz, acendem-se as velas de dois candelabros e os participantes trocam entre si a saudação da paz.
A despedida do papa de todos os participantes está agendada para as 17h30, seguindo-se o regresso, de helicóptero, para o Vaticano.
Rui Jorge Martins