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«Para ser credível e entrar em sintonia com os jovens, é preciso privilegiar o caminho da escuta, o saber “perder tempo” no acolher as suas perguntas e os seus desejos», sublinhou hoje o papa, no Vaticano.
A afirmação foi proferida no discurso aos participantes no congresso promovido pelo departamento nacional da Pastoral das Vocações da Conferência Episcopal Italiana.
«O vosso testemunho será tanto mais persuasivo se, com alegria e verdade, souberdes narrar a beleza, o espanto e a maravilha do ser enamorados por Deus, homens e mulheres que vivem com gratidão a sua opção de vida para ajudar outros a deixar uma marca inédita e original na história», acentuou.
Francisco realçou a necessidade de «um olhar capaz de vislumbrar a positividade nos acontecimentos humanos e espirituais», a par de um coração «grato diante dos dons que as pessoas trazem consigo, pondo à luz as potencialidades mais do que os limites, o presente e o futuro em continuidade com o passado».
Despertar nos jovens o desejo de se entregarem a Deus requer «horizontes amplos e respiro de comunhão» capazes «de ler com coragem a realidade tal como é, com os cansaços e as resistências, reconhecendo os sinais de generosidade e de beleza do coração humano».
Depois de apontar a «urgência» de fazer emergir nas comunidades cristãs «uma nova cultura vocacional», o papa dirigiu um pedido aos participantes: «Não cesseis de repetir a vós próprios “eu sou uma missão”, e não simplesmente “eu tenho uma missão”».
«Ser missão permanente requer coragem, audácia, fantasia e vontade de ir além», salientou Francisco, que rezou para que o Espírito Santo ajude os cristãos a «serem capazes de uma paciência amorosa, que não teme as inevitáveis lentidões e resistências do coração humano».