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“Portugal católico - A beleza na diversidade”: Uma obra sonhada, uma obra realizada!

“Portugal católico - A beleza na diversidade”: Uma obra sonhada, uma obra realizada!

Imagem O historiador José Eduardo Franco e o diretor do SNPC, José Carlos Seabra Pereira, apresentam ao papa Francisco a obra "Portugal católico" | Vaticano, 20.9.2017 | D.R.

É apresentado hoje, em Lisboa, o livro "Portugal Católico – A beleza na diversidade”, numa sessão que conta com a presença do presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e do cardeal-patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, e a atuação de Rão Kyao, Cuca Roseta e Teresa Salgueiro.

Trata-se de uma obra elaborada de forma intensa e em tempo recorde – sensivelmente em nove meses – reúne 204 textos-síntese, elaborados por 188 autores, intercalados com uma forte componente imagética, constituída por fotos (aéreas e terrestres), gravuras que acompanham os conteúdos escritos e um conjunto de poemas de diversos grandes autores portugueses que se distribuem em 14 capítulos. Simbolicamente, o número 14 dos capítulos representa quer as 14 estações da Via Sacra, quer as 14 obras da Misericórdia, quer os 14 pilares da Colunata de Fátima.

Esta obra de dimensão monumental é inaugurada com textos do Secretário-Geral da ONU, António Guterres, do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e do Cardeal Patriarca de Lisboa, Manuel Clemente, e conta com a participação das mais diversas figuras da cultura, da ciência e da sociedade portuguesas, entre as quais, Eduardo Lourenço, Adriano Moreira, Guilherme d’Oliveira Martins, Manuel Braga da Cruz, Daniel Serrão, Walter Osswald, José Mattoso, Artur Santos Silva, José Miguel Júdice, Carlos Fiolhais, João César das Neves, José Manuel Pureza, Rui Vieira Nery, Manuel Barbosa, Pedro Mexia, Paulo Pires do Vale,José Pedro Paiva, Catarina Belo,José Leite Abreu, Henrique Manuel Pereira, José Cordeiro, Henrique Leitão, Francisco Senra Coelho, Vasco Pinto Magalhães, Anselmo Borges, João Seabra, Gonçalo Portocarrero, Leonor Xavier, Jaime Nogueira Pinto, Jorge Wemans, Manuela Silva, Bagão Félix, Fernando Santos, etc.



Esta obra traduz-se num fundamentado e aliciante quadro da condição do catolicismo em Portugal, pondo em evidência as múltiplas óticas, facetas e as dinâmicas várias da comunidade católica e da sua Igreja



Ao longo de nove meses, sob a direção de José Eduardo Franco e José Carlos Seabra Pereira, a obra ganhou identidade num âmbito muito amplo e profundo, apostando na diversidade temática e na pluralidade das perspectivas, dando origem ainda a uma publicação infanto-juvenil e a um “spot” de divulgação. O resultado de cerca de 800 páginas acaba por apresentar uma visão abrangente da Igreja Católica (organização institucional e comunidade de crentes) e constituir-se numa espécie de dicionário enciclopédico do catolicismo contemporâneo português. A visão de conjunto aqui oferecida contribuirá para repensar a Igreja no seu esforço de adequação aos desafios do século XXI.

Não estamos perante uma obra que pretenda ser a voz oficial da instituição eclesial na linha da clássica expressão apologética. Esta obra traduz-se, isso sim, num fundamentado e aliciante quadro da condição do catolicismo em Portugal, pondo em evidência as múltiplas óticas, facetas e as dinâmicas várias da comunidade católica e da sua Igreja.



A beleza na diversidade, para além de estar presente nas múltiplas temáticas abordadas, está patente também na diversidade intergeracional de formação e experiência de vida, de orientação do pensamento e de sensibilidade espiritual dos autores



Optou-se, neste projeto, pela leitura da diversidade que encontramos no quadro do catolicismo português, perpassando a história e sempre que foi possível evidenciando o contexto atual de cada uma das temáticas abordadas. Abordam-se temas do âmbito do pensamento científico, filosófico e teológico, do direito, da política e da economia, da educação e da saúde, do ambiente e do turismo, do mundo laboral e empresarial, da justiça e da solidariedade social, da investigação científica e das artes, do desporto e dos tempos livres, da comunicação social e da pastoral, etc. Salienta-se ainda um aspeto de particular significado: o espaço aberto ao testemunho ecuménico e ao diálogo com os não-crentes, à participação da comunidade judaica e da comunidade do Islão. Na tela de fundo sempre esteve presente a opção pela evidência da Beleza na Diversidade que sustenta o concerto de tantos e tão diversos textos.

A beleza na diversidade, para além de estar presente nas múltiplas temáticas abordadas, está patente também na diversidade intergeracional de formação e experiência de vida, de orientação do pensamento e de sensibilidade espiritual dos autores que colaboram nesta obra. Nesta unidade na diversidade emerge a beleza da «casa do Pai que tem muitas moradas» e da frase bíblica que está patente na fita da obra: “É este o meu mandamento: que vos ameis uns aos outros como Eu vos amei” de João 15, 12.

Desde a sua origem, este projeto sempre privilegiou dois públicos em especial: Sua Santidade, o Papa Francisco, que recebeu um exemplar único, no marco importante da sua vinda a Portugal, e o grande público dos mais vários quadrantes socioculturais, crentes e não crentes.

Aliás, no que toca à difusão da obra, ela será lançada, primeiro, numa edição especial do Círculo de Leitores e depois numa edição corrente para o grande público.

Este projeto é promovido por instituições universitárias como o CIDH (Universidade Aberta)/CLEPUL (Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa) e o Instituto Europeu de Ciências da Cultura Padre Manuel Antunes, em cooperação com o Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura da Conferência Episcopal Portuguesa.



 

José Carlos Seabra Pereira
Diretor do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura
Publicado em 21.11.2017

 

 
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