Papa Francisco
Paisagens
Pedras angulares A teologia visual da belezaQuem somosIgreja e CulturaPastoral da Cultura em movimentoImpressão digitalVemos, ouvimos e lemosPerspetivasConcílio Vaticano II - 50 anosPapa FranciscoBrevesAgenda VídeosLigaçõesArquivo

Papa Francisco: Vida cristã nem sempre é uma festa, mas é preciso nunca perder a fé e a alegria

A vida cristã implica momentos e períodos de medo, como aconteceu com o próprio Cristo e os apóstolos, mas a certeza da fé e a alegria que ela traz é mais forte do que todo o temor, frisou hoje o papa Francisco, na missa a que presidiu no Vaticano.

«Acontece a todos nós na vida um pouco de medo», e nessas ocasiões pergunta-se por vezes se «não seria melhor baixar um pouco o nível e ser um pouco menos cristão e procurar um compromisso com o mundo», afirmou o papa, citado pela Rádio Vaticano.

O apóstolo Paulo, recordou, sabia que «o que fazia não agradava nem aos judeus nem aos pagãos», mas não se detém, e por isso tem de suportar problemas e perseguições: «Isto faz pensar nos nossos medos, nos nossos temores».

Referindo-se ao Evangelho proclamado nas missas desta sexta-feira (cf. "Artigos relacionados), quando Jesus, ao despedir-se dos apóstolos antes ascender a Deus Pai, o papa evocou os primeiros mártires cristãos.

«Devemos dizer a verdade: nem toda a vida cristã é uma festa. Nem toda! Chora-se, muitas vezes chora-se. Quando estás doente; quando tens um problema na família com o filho, com a filha, a mulher, o marido; quando vês que o salário não chega ao fim do mês e tens um filho doente; quando vês que não podes pagar o empréstimo da casa e tens de ir para a rua. Tantos problemas, tantos, que temos. Mas Jesus diz-nos: “Não tenhais medo”», apontou.

Francisco mencionou na existência humana «outra tristeza», a da «má alegria», que sucede quando se percorre «uma estrada que não é boa»: «[Quando] andamos a comprar o júbilo, a alegria do mundo, a do pecado, e no fim fica o vazio dentro de nós».

A alegria cristã fundamenta-se na «esperança», mas «no momento da provação» nem sempre se consegue interiorizá-la: «É difícil dizeres a um doente ou a uma doente, que sofre muito, “coragem, coragem, amanhã terás alegria”. Não, não se pode dizer».

«Também nós, quando estamos precisamente na escuridão, em que não vemos nada, [podemos dizer]: “Eu sei, Senhor, que esta tristeza transformar-se-á em alegria. Não sei como, mas sei-o”. Um ato de fé no Senhor. Um ato de fé», apontou.

Para Francisco, a «mensagem da Igreja de hoje [é]: não ter medo»: «Ser corajoso no sofrimento e pensar que depois vem o Senhor, depois vem a alegria, depois da escuridão chega o sol».

«Que o Senhor nos dê a todos nós esta alegria na esperança. E o sinal que nós temos esta alegria na esperança é a paz. Quantos doentes, que estão no fim da vida, com as dores, têm aquela paz na alma. Este é o gérmen da alegria, esta é a alegria na esperança, a paz», assinalou.

O papa concluiu com questionamentos para reflexão individual: «Tens paz na alma no momento da escuridão, no momento das dificuldades, no momento das perseguições, quanto todos se alegram com o teu mal? Tens paz? Se tens paz, tens o gérmen daquela alegria que virá depois. Que o Senhor nos faça entender estas coisas».

 

Rádio Vaticano
Trad./redação: SNPC/rjm
30.05.14

Redes sociais, e-mail, imprimir

FotoPapa Francisco
Foto: Rádio Vaticano

 

Ligações e contactos

 

 

Página anteriorTopo da página

 


 

Receba por e-mail as novidades do site da Pastoral da Cultura


Siga-nos no Facebook

 


 

 


 

 

Secções do site


 

Procurar e encontrar


 

 

Página anteriorTopo da página