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Igreja católica reúne cinema, património e religião no projeto “Video Lucem”

Igreja católica reúne cinema, património e religião no projeto “Video Lucem”




É inaugurado hoje na igreja do Carmo, em Faro, o projeto “Video Lucem”, que proporcionará ao público ver cinema sobre «temas relacionados com a espiritualidade num espaço religioso».

«Procurar-se-á que todos os que participem possam perceber a relação existente entre Cinema e Religião, tendo precisamente a luz como elemento de convergência, enquanto símbolo da Revelação, do Sagrado e do Divino no cristianismo e, simultaneamente, enquanto fator determinante para o cinema e para a sua materialização», sublinha um comunicado enviado ao Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura.

A iniciativa, composta por 22 sessões com entrada livre que decorrem até maio, no Algarve, permite igualmente que os espetadores conheçam as diversas igrejas envolvidas, «todas elas com um valor patrimonial e histórico incomensurável».

O cartaz inclui filmes de realizadores portugueses e estrangeiros, alguns premiados e considerados “clássicos”, desde 1927 a 2016, ano da curta-metragem “Ascensão”, de Pedro Peralta, distinguido com o prémio Árvore da Vida, atribuído pelo júri da Igreja católica no festival de cinema independente IndieLisboa.



«É uma oportunidade de abrirmos as igrejas também como espaço de acolhimento e de memória de uma história sempre marcada pela visão da fé que não fica adulterada com a visualização do filme»



«É um outro modo de se evangelizar, de tornar a igreja um espaço evangelizador, e o cinema é, também, uma oportunidade maravilhosa nesse sentido», explicou o responsável pela Pastoral da Cultura da diocese do Algarve à Lusa, acrescentando que a luz, tema central deste ciclo, é fundamental durante os tempos litúrgicos do Advento, Natal e Páscoa.

O padre Carlos Aquino destacou, ainda, que o projeto possibilita a chegada da Sétima Arte a locais do interior, onde não é presença regular, ao mesmo tempo que suscita momentos de debate ao nível da fé e dos valores humanos.

A Pastoral do Turismo da diocese está também envolvida na iniciativa, por ser encarada como uma oportunidade para dar a conhecer o património histórico, cultural e religioso: «É uma oportunidade de abrirmos as igrejas também como espaço de acolhimento e de memória de uma história sempre marcada pela visão da fé que não fica adulterada com a visualização do filme», declarou o padre Carlos Aquino.



A diocese e o Cineclube pediram ajuda para a elaboração do programa, tendo recorrido, nomeadamente, a Graça Lobo, Anabela Moutinho e Pedro Mexia, consultor cultural do Presidente da República



Duas das projeções serão cine-concertos, com filmes acompanhados por interpretações musicais: no caso do filme de abertura, esta quinta-feira, Filipe Raposo interpreta peças no órgão da igreja do Carmo, estando também previsto, na sessão de encerramento, na Igreja de N. Sra. das Ondas, em Tavira, a 12 de maio de 2017, o quarteto de cordas Atégina, com a execução de música barroca.

A ideia do ciclo nasceu do Cineclube de Faro, em resposta ao desafio lançado a associações algarvias para apresentarem propostas a integrar no programa Algarve 365, promovido pelo Turismo de Portugal e Ministério da Cultura.

A diocese e o Cineclube pediram ajuda para a elaboração do programa, tendo recorrido, nomeadamente, a Graça Lobo, Anabela Moutinho e Pedro Mexia, consultor cultural do Presidente da República, revela a página Sul Informação.

 

Programa

10/11
“Aurora” (F.W. Murnau, 1927)
Faro, igreja do Carmo
21h30

11/11
“Confesso!” (Alfred Hitchcock, 1953)
Santa Bárbara de Nexe, igreja matriz
21h30

24/11
“O pagador de promessas” (Anselmo Duarte, 1962)
Alcoutim, igreja matriz
21h30

25/11
“Don Camillo” (Julien Duviver, 1952)
Castro Marim, igreja matriz
21h30

15/12
“A sombra do caçador” (Charles Laughton, 1955)
Lagoa, igreja matriz
21h30

16/12
“La strada” (Federico Fellini, 1954)
Estômbar, igreja de S. Tiago
21h30

6/1
“Visão, a vida de Hildegard von Bingen” (Margarethe Von Trotta, 2009)
Silves, igreja da sé
21h30

19/1
“O sabor da cereja” (Abbas Kiarostami, 1997)
Aljezur, igreja matriz
21h30

20/1
“O lamento da vereda” (Satyajit Raysatyajit Ray, 1955)
Vila do Bispo, igreja matriz
21h30

2/2
“A missão” (Roland Joffé, 1986)
Estoi, igreja matriz
21h30

3/2
“O diário dum pároco da aldeia” (Robert Bresson, 1951)
Loulé, igreja de S. Clemente
21h30

23/2
“2001, odisseia no espaço” (Stanley Kubrick, 1968)
Albufeira, igreja matriz
21h30

24/2
“A harpa birmanesa” (Kon Ichikawa, 1957)
Loulé, igreja de S. Francisco
21h30

9/3
“O Evangelho segundo São Mateus” (Pier Paolo Pasolini, 1964)
Cacela Velha, igreja
21h30

10/3
“Habemus papam – Temos papa” (Nanni Moretti, 2001)
Vila Real de Santo António, igreja matriz
21h30

23/3
“Stromboli” (Roberto Rossellini, 1950)
Ferragudo, igreja de Nossa Senhora da Conceição
21h30

24/3
“A paixão de Joana d’Arc” (Carl Theodor Dreyer, 1928)
Albufeira, igreja de Sant’Ana
21h30

6/4
“Dos homens e dos deuses” (Xavier Beauvois, 2010)
Cabanas de Tavira, igreja matriz
21h30

7/4
Acto da primavera” (Manoel de Oliveira, 1963)
Faro, igreja da Misericórdia
21h30

22/4
“Ascensão” (Pedro Peralta, 2016)
“Simão do deserto” (Luis Buñuel, 1965)
Sagres, igreja de Nossa Senhora da Graça (Fortaleza)
16h30

11/5
“Ida” (Pawel Pawlikowski, 2013)
Luz de Tavira, igreja de Nossa Senhora da Luz
21h30

12/5
“Maria do Mar” (José Leitão de Barros, 1930)
Tavira, igreja de Nossa Senhora das Ondas (Pescadores)
21h30




 

Rui Jorge Martins
Publicado em 10.11.2016

 

 

 
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