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Leitura: "Voltar a Jesus"

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Leitura: "Voltar a Jesus"

Inspirado na primeira exortação apostólica do papa Francisco, "O Evangelho da alegria", o livro "Voltar a Jesus - Para a renovação das nossas paróquias e comunidades", de José Antonio Pagola,  «apresenta uma proposta de fé e vida cristã que resgata o seu essencial da sua fonte e origem», Cristo.

O volume, recentemente lançado pela Paulus Editora, divide-se em oito capítulos: "A renovação pastoral depois do Vaticano II", "A renovação paralisada pelo medo", "Chamados a uma renovação evangélica da Igreja", "Voltar a Jesus, o Cristo", "Libertar a força do Evangelho", "Recuperar o projeto humanizador de Deus", "Reavivar o espírito profético de Jesus nas comunidades" e "Uma proposta concreta: os grupos de Jesus".

Desta releitura da "Evangelii gaudium" - já terá sido suficientemente meditada e aplicada nas comunidades locais? - transcrevemos a apresentação, seguindo-se o subtema "O caminho concreto para a conversão da Igreja".

 

Apresentação
In "Voltar a Jesus"
José Antonio Pagola

Nos países europeus, estamos a viver tempos decisivos para o futuro da fé. Neste momento, quando estão a acontecer mudanças socioculturais sem precedentes, a Igreja necessita de uma conversão igualmente inédita, um “coração novo” para viver e comunicar a Boa Nova de Jesus com mais verdade e mais fidelidade à sua pessoa, à sua mensagem e ao seu projeto do Reino de Deus.

Se nos próximos anos não se promover nas nossas paróquias e comunidades um clima de conversão humilde e alegre a Jesus Cristo, facilmente veremos como a fé se extinguirá aos poucos entre nós e como o nosso cristianismo multissecular se diluirá em formas religiosas cada vez mais decadentes e sectárias, e cada vez mais afastadas do movimento de seguidores inspirado e desejado por Jesus.

Desde os primeiros dias do seu ministério, o Papa Francisco levantou a sua voz para agitar a consciência de uma Igreja que ele vê muito fechada em si mesma, paralisada com medos e demasiado afastada dos problemas e sofrimentos que as pessoas vivem. Por isso, há alguns meses escreveu a Exortação Apostólica "Evangelii gaudium (A alegria do Evangelho"), convidando todos os cristãos a favorecerem «uma nova etapa evangelizadora» marcada pela alegria do Evangelho e pela conversão a Jesus Cristo.

O Papa não pensa apenas num "aggiornamento" ou adaptação da Igreja aos tempos atuais. Também não se detém só na recuperação do horizonte, do espírito e das linhas de força do Vaticano II. Francisco chama-nos a uma conversão radical: «Voltar à fonte e recuperar a frescura original do Evangelho», e voltar a Jesus Cristo, que «pode romper os esquemas enfadonhos em que O pretendemos aprisionar; e surpreender-nos com a sua constante criatividade divina» ("Evangelii gaudium" [EG], n.º 11).

O objetivo deste livro é muito concreto: ajudar as paróquias e comunidades cristãs a responder de maneira lúcida, responsável e entusiasta ao apelo do Papa. É muito importante a reforma das instâncias centrais do Vaticano, a renovação do ministério petrino ou a atuação das conferências episcopais; porém, a verdadeira conversão da Igreja decidir-se-á, sobretudo, nas paróquias e comunidades.

Este é o momento de nos mobilizarmos, envidar esforços e começar a reagir. O Papa convida-nos a aplicar as suas orientações «com generosidade e valentia», «sem proibições nem medos». Quer contagiar-nos com o seu espírito renovador e a sua fé à conversão a Jesus e ao seu Evangelho: «Mais do que o temor de falhar, espero que nos mova o medo de nos encerrarmos nas estruturas que nos dão uma falsa proteção, nas normas que nos transformam em juízes implacáveis, nos hábitos em que nos sentimos tranquilos, enquanto lá fora há uma multidão faminta e Jesus nos repete sem cessar: “Dai-lhes vós de comer.” (M. 6,37)» (EG, n.º 49)

O Concílio Vaticano II criou um clima geral de renovação nas comunidades cristãs pelo qual o Povo de Deus acolheu com grande alegria a reforma da liturgia, a celebração da Eucaristia na língua de cada nação e uma maior valorização da Palavra de Deus. No primeiro capítulo resumirei brevemente a busca de novos caminhos pastorais que se viveu a partir do Concílio, quando a crise de fé começava já a sentir-se com força. Não podemos esquecer que em muitas paróquias se abriram caminhos novos de uma ação pastoral mais acolhedora, mais dialogante e mais atenta às novas situações dos crentes.

Sem dúvida, os esforços de renovação, impulsionados pelo espírito do Concílio, foram-se paralisando ao longo dos anos. O congelamento do espírito conciliar e o crescimento imparável da crise de fé fizeram com que muitos daqueles cristãos que acolheram com alegria e entusiasmo a renovação do Concílio tenham vivido estas últimas décadas submersos na deceção, no desengano e na tristeza. No segundo capítulo indicarei brevemente três “factos maiores” que, neste momento, é possível perceber em muitas paróquias e comunidades: a reação de autodefesa, a opção pelo restauracionismo e a passividade generalizada do Povo de Deus.

O Papa Francisco gerou em pouco tempo expectativas insuspeitas até há poucos meses, rompendo com a dinâmica em que tínhamos vivido nestes últimos anos e criando um clima novo de esperança nas pessoas das nossas paróquias e comunidades. No terceiro capítulo exponho de modo resumido o apelo que nos faz o Papa para impulsionar uma nova etapa evangelizadora e os caminhos que nos sugere para o percurso da Igreja nos próximos anos: recuperar a frescura original do Evangelho como objetivo; libertar-nos de formas desvirtuadas do cristianismo; caminhar para uma conversão pastoral e missionária.

O apelo do Papa concretiza-se num objetivo primordial. A conversão que temos de promover nesta nova etapa evangelizadora consiste simplesmente em voltar a Jesus. Assim afirma o Papa: «A Igreja é para levar a Jesus. […] Se acontecesse alguma vez que a Igreja não levasse a Jesus, essa seria uma Igreja morta.» Por isso, é necessário que nas paróquias e comunidades vejamos claramente como havemos de encorajar esta conversão a Jesus Cristo. No quarto capítulo ofereço reflexões básicas: converter-nos a Jesus Cristo; promover uma relação nova com Jesus; introduzir a verdade de Jesus no nosso cristianismo; reavivar a força da esperança em Cristo ressuscitado.

Como encontrar no interior das nossas paróquias e comunidades a força espiritual necessária para desencadear a conversão a Jesus? O Papa Francisco traça-nos o caminho: «Voltar à fonte e recuperar a frescura original do Evangelho.» No quinto capítulo proponho breves orientações para libertar a força do Evangelho nas nossas comunidades: o Evangelho aprisionado pela crise religiosa; a força do Evangelho nas primeiras comunidades; procurar o contacto direto e imediato com o Evangelho; acolher juntos a alegria do Evangelho; entrar pelo caminho aberto de Jesus; a fé como estilo de vida.

O Papa Francisco sabe muito bem que o Evangelho é muito mais do que uma mensagem verbal. Por isso, lembra-nos que «o projeto de Jesus é instaurar o reino do seu Pai». Nas nossas paróquias e comunidades temos de tomar consciência que «o Reino de Deus nos reclama». Não podemos ficar unicamente na nossa prática religiosa. Temos de pôr as nossas comunidades ao serviço do projeto humanizador do Pai. No sexto capítulo ofereço algumas reflexões para orientar o nosso trabalho: o projeto humanizador do Pai; o Reino de Deus como horizonte das nossas comunidades; recuperar a dimensão histórica e social do Reino de Deus; a compaixão como princípio de atuação: os últimos hão de ser os primeiros.

A renovação que hoje necessitam as nossas paróquias e comunidades não pode chegar por via institucional, mas somente por caminhos abertos pelo Espírito. O Papa Francisco adverte-nos que nenhuma renovação será possível «se não arder nos nossos corações o fogo do Espírito». Nas nossas comunidades estamos a viver quase sem espírito profético. No sétimo capítulo sugiro algumas reflexões simples: em primeiro lugar, para nos comprometermos a trabalhar pelo Reino de Deus e pela sua justiça com a nossa presença alternativa, a indignação e o alento da esperança, próprios do espírito profético de Jesus; em segundo lugar, para abrir caminhos ao potencial profético do Povo de Deus, rompendo silêncios, libertando-nos de medos e reavivando a esperança.

Para gerar uma dinâmica de renovação evangélica, não chega que o Papa Francisco multiplique os seus apelos. É necessário iniciarmos nas nossas paróquias e comunidades processos de conversão a Jesus. O mesmo Francisco reconhece que «precisamos de criar espaços motivadores e curadores […], lugares para regenerar a própria fé». No último capítulo apresento uma proposta concreta: os Grupos de Jesus. O seu objetivo é viver juntos um processo individual e coletivo de conversão a Jesus aprofundando o essencial do Evangelho. É um caminho concreto para regenerar a vida das nossas paróquias.

Os responsáveis das comunidades nem sempre têm tempo nem meios para preparar estas coisas. O processo que proponho é fácil de colocar em marcha. No Povo de Deus há muitas pessoas que querem conhecer melhor Jesus e viver a sua fé de maneira mais viva e frutuosa. Estes Grupos de Jesus não requerem necessariamente a presença de um presbítero. Podem ser dirigidos por leigos, homens ou mulheres.

Estes grupos podem introduzir nas nossas paróquias e comunidades o «dinamismo evangelizador que atua por atração» de que fala Francisco. Nos últimos anos, pudemos dar passos decisivos para um nível de vida cristã mais inspirada em Jesus e mais sensível em colaborar no seu projeto do reino. Da crise que hoje vivemos podem nascer paróquias e comunidades talvez mais pequenas e humildes, mas também mais alegres e evangélicas, melhor enraizadas em Jesus e mais fiéis ao seu chamamento para construir um mundo mais humano.

 

O caminho concreto para a conversão da Igreja

O Papa Francisco toma o apelo feito pelo Concílio como ponto de partida para o impulso renovador que quer imprimir à Igreja. São estas as suas palavras: «O Concílio Vaticano II apresentou a conversão eclesial como a abertura a uma reforma permanente de si mesma por fidelidade a Jesus Cristo: “Toda a renovação da Igreja consiste essencialmente numa maior fidelidade à própria vocação […]. A Igreja peregrina é chamada por Cristo a esta reforma perene. Como instituição humana e terrena, a Igreja necessita perpetuamente desta reforma.»

a) Sair para as periferias existenciais

Recolhendo algumas palavras de São João Paulo II, o Papa destaca, antes de mais nada, uma mudança primordial: «É necessário passar de uma pastoral de mera conservação para uma pastoral decididamente missionária.» Desde o início do seu ministério, o Papa Francisco tem vindo a sublinhar, através de uma linguagem bastante gráfica, que temos de «sair para as periferias existenciais » para nos encontrarmos com a vida e o sofrimento do povo. Todavia, é na sua exortação apostólica que expõe com mais clareza o seu apelo.

«Não podemos ficar tranquilos, em espera passiva, nos nossos templos.» «Hoje todos somos chamados a esta nova “saída”: sair da própria comodidade e ter a coragem de alcançar todas as periferias que precisam da luz do Evangelho.» «Fiel ao modelo do Mestre, é vital que hoje a Igreja saia para anunciar o Evangelho a todos, em todos os lugares, em todas as ocasiões sem demora, sem repugnâncias e sem medo.» O Papa insiste uma e outra vez com firmeza: «Saiamos, saiamos a oferecer a todos a vida de Jesus Cristo! […] Prefiro uma Igreja acidentada, ferida e enlameada por ter saído pelas estradas, a uma Igreja enferma pelo fechamento e a comodidade de se agarrar às próprias seguranças. Não quero uma Igreja preocupada por ser o centro, e que acaba presa num emaranhado de obsessões e procedimentos.» Francisco lembra-nos que «a saída missionária é o paradigma de toda a obra da Igreja».

Esta perspetiva ampla da ação da missão evangelizadora de uma Igreja que sai de si mesma está a pedir-nos que mudemos de atitude e de esquemas enraizados em nós. O Papa diz que «seria inapropriado pensar num esquema de evangelização realizado por agentes qualificados enquanto o resto do povo fiel seria apenas recetor das suas ações». Segundo Francisco, o Evangelho «transmite-se em formas tão diversas que seria impossível descrevê-las ou catalogá-las, e cujo sujeito coletivo é o Povo de Deus com os seus gestos e sinais inumeráveis». Sem dúvida, o Papa constata que os leigos, que «são simplesmente a maioria do Povo de Deus», «não têm consciência da sua responsabilidade […], em alguns casos porque não se formaram para assumir responsabilidades importantes, em outros por não encontrarem espaço nas suas Igrejas particulares para se poderem exprimir e agir por causa de um excessivo clericalismo que os mantém à margem das decisões».

No entanto, o Papa nunca se esquece da sua vontade de dar passos para uma Igreja pobre e dos pobres. Por isso, uma vez mais, lembra-nos: «Se a Igreja inteira assume este dinamismo missionário, chegará a todos, sem exceção. Mas, a quem deveria privilegiar? Quando se lê o Evangelho, encontramos uma orientação muito clara: não tanto os amigos e os vizinhos ricos, mas sobretudo os pobres e os doentes, aqueles que muitas vezes são desprezados e esquecidos, aqueles que não têm com que te retribuir.» (L. 14,14) Não devem subsistir dúvidas nem explicações que debilitem esta mensagem claríssima. Hoje e sempre os pobres são os destinatários privilegiados do Evangelho, e a evangelização que lhes é dirigida gratuitamente é sinal do Reino que Jesus veio trazer.»

b) Alguns meios concretos para se chegar à renovação

O Papa Francisco lança o impulso da «nova etapa evangelizadora» com grande realismo e sentido prático: «A pastoral em chave missionária exige o abandono deste cómodo critério pastoral: “Fez-se sempre assim.” Convido todos a serem ousados e criativos nesta tarefa de repensar os objetivos, as estruturas, o estilo e os métodos evangelizadores das respetivas comunidades. Uma identificação dos fins, sem uma condigna busca comunitária dos meios para os alcançar, está condenada a traduzir-se em mera fantasia.»

Por causa disso faz aplicações concretas para que a partir das dioceses e das paróquias se impulsione a renovação da Igreja e da sua missão. Dirigindo-se às Igrejas diocesanas diz: «Para que este impulso missionário seja cada vez mais intenso, generoso e fecundo, exorto também cada uma das Igrejas particulares a entrar decididamente num processo de discernimento, purificação e reforma.» Falando da paróquia, afirma que em primeiro lugar «esteja realmente em contacto com as famílias e com a vida do povo, e não se torne uma estrutura complicada, separada das pessoas, nem um grupo de eleitos que olham para si mesmos». O Papa sabe que, «através de todas as suas atividades, a paróquia incentiva e forma os seus membros para serem agentes da evangelização », apesar de reconhecer que «o apelo à revisão e renovação das paróquias ainda não deu suficientemente fruto, tornando-se ainda mais próximas das pessoas, sendo âmbitos de viva comunhão e participação e orientando-se completamente para a missão».

O Papa pensa também em todo o tipo de comunidades cristãs cuja contribuição é necessária para dinamizar uma Igreja em estado permanente de missão: «Espero que todas as comunidades se esforcem por usar os meios necessários para avançar no caminho de uma conversão pastoral e missionária, que não pode deixar as coisas como estão. E não nos serve uma “simples administração”. Constituamo-nos em “estado permanente de missão”, em todas as regiões da Terra.»

Francisco convida constantemente os cristãos a uma conversão pessoal, pois «todos somos chamados a crescer como evangelizadores», e todos temos de procurar «uma melhor formação, um aprofundamento do nosso amor e um testemunho mais claro do Evangelho». No entanto, o seu pensamento vai muito mais além do que uma renovação individual de cada cristão. Também é necessária a conversão das estruturas. «Sonho com uma ação missionária capaz de transformar tudo, para que os costumes, os estilos, os horários, a linguagem e toda a estrutura eclesial se tornem um canal proporcionado mais à evangelização do mundo atual do que a autopreservação.»

E oferece um critério para a reforma das estruturas: «A reforma das estruturas, que a conversão pastoral exige só se pode entender neste sentido: fazer com que todas elas se tornem mais missionárias, que a pastoral ordinária em todas as suas instâncias seja mais comunicativa e aberta, que coloque os agentes pastorais em atitude constante de “saída”.»

- Chegou à nossa paróquia ou comunidade o apelo do Papa Francisco para entrar «numa nova etapa evangelizadora»? O que pensam ou intuem os cristãos que conhecemos?

- O que é que o Papa quer? Pôr a Igreja em dia [aggionarmento]? Recuperar o espírito do Concílio? Uma renovação mais radical? Podemos esclarecê-lo entre nós?

- Como será acolhido na nossa paróquia ou comunidade o seu apelo a «ir à fonte e recuperar a frescura original do Evangelho» e o seu convite a voltar a Jesus? Como romper com os esquemas enfadonhos nos quais se pretende encerrá-lo? Com alegria? Com indiferença? Com esperança?

 

Esta transcrição omite as notas de rodapé.

 

Publicado em 15.06.2015

 

Título: Voltar a Jesus - Para a renovação das nossas paróquias e comunidades
Autor: José Antonio Pagola
Editora: Paulus
Páginas: 151
Preço: 12,50 €
ISBN: 978-972-301-828-8

 

 
Imagem Capa | D.R.
Se nos próximos anos não se promover nas nossas paróquias e comunidades um clima de conversão humilde e alegre a Jesus Cristo, facilmente veremos como a fé se extinguirá aos poucos entre nós e como o nosso cristianismo multissecular se diluirá em formas religiosas cada vez mais decadentes e sectárias
É muito importante a reforma das instâncias centrais do Vaticano, a renovação do ministério petrino ou a atuação das conferências episcopais; porém, a verdadeira conversão da Igreja decidir-se-á, sobretudo, nas paróquias e comunidades
No segundo capítulo indicarei brevemente três “factos maiores” que, neste momento, é possível perceber em muitas paróquias e comunidades: a reação de autodefesa, a opção pelo restauracionismo e a passividade generalizada do Povo de Deus
A renovação que hoje necessitam as nossas paróquias e comunidades não pode chegar por via institucional, mas somente por caminhos abertos pelo Espírito. O Papa Francisco adverte-nos que nenhuma renovação será possível «se não arder nos nossos corações o fogo do Espírito». Nas nossas comunidades estamos a viver quase sem espírito profético
Da crise que hoje vivemos podem nascer paróquias e comunidades talvez mais pequenas e humildes, mas também mais alegres e evangélicas, melhor enraizadas em Jesus e mais fiéis ao seu chamamento para construir um mundo mais humano
Francisco convida constantemente os cristãos a uma conversão pessoal. No entanto, o seu pensamento vai muito mais além do que uma renovação individual de cada cristão. Também é necessária a conversão das estruturas
Chegou à nossa paróquia ou comunidade o apelo do Papa Francisco para entrar «numa nova etapa evangelizadora»? O que pensam ou intuem os cristãos que conhecemos?
Como será acolhido na nossa paróquia ou comunidade o seu apelo a «ir à fonte e recuperar a frescura original do Evangelho» e o seu convite a voltar a Jesus? Como romper com os esquemas enfadonhos nos quais se pretende encerrá-lo? Com alegria? Com indiferença? Com esperança?
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