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«A bem da paz, não se deve permitir que se abuse das crenças para a causa da violência ou da guerra»

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«A bem da paz, não se deve permitir que se abuse das crenças para a causa da violência ou da guerra»

O papa Francisco encontrou-se hoje em Colombo, capital do Sri Lanka, com as «quatro maiores comunidades religiosas» do país - budismo, hinduísmo, islamismo e cristianismo -, tendo vincado que «a bem da paz, não se deve permitir que se abuse das crenças para a causa da violência ou da guerra».

«Devemos ser claros e inequívocos ao desafiar as nossas comunidades a viverem plenamente os princípios da paz e da coexistência, que se encontram em cada religião, e denunciar atos de violência sempre que são cometidos», apontou o papa, que chegou esta manhã ilha cujas tradições cristãs foram substancialmente semeadas por portugueses.

Para Francisco, o «diálogo» inter-religioso é «essencial» para aumentar o conhecimento, compreensão e respeito, mas para que seja eficaz deve «fundar-se numa apresentação completa e franca» das respetivas convicções.

«É certo que esse diálogo fará ressaltar como são diferentes as nossas crenças, tradições e práticas; mas, se formos honestos ao apresentar as nossas convicções, seremos capazes de ver mais claramente aquilo que temos em comum e abrir-se-ão novos caminhos para a mútua estima e cooperação e, seguramente, para a amizade», apontou.

A «cura» e «unidade» de que o Sri Lanka precisa, após mais de 25 anos de guerra civil que, segundo estimativas causou 70 mil mortos, «é um nobre compromisso que incumbe sobre quantos têm a peito o bem da nação e, na verdade, da família humana inteira.

«Espero que a cooperação inter-religiosa e ecuménica prove que os homens e as mulheres não têm de esquecer a própria identidade, tanto étnica como religiosa, para viverem em harmonia com os seus irmãos e irmãs», afirmou o papa.

Entre as formas de trabalho em comum ao serviço da «solidariedade» está a resposta às «necessidades materiais e espirituais dos pobres, dos indigentes, de quantos esperam ansiosamente por uma palavra de consolação e de esperança».

«Que o crescente espírito de cooperação entre os líderes das diferentes comunidades religiosas encontre expressão num compromisso que ponha a reconciliação de todos os srilanqueses no centro de qualquer esforço para renovar a sociedade e as suas instituições», assinalou Francisco.

Após o conflito interno no país têm ocorrido vários episódios de intolerância religiosa que opõem a tendência budista (70% dos 21,5 milhões de habitantes) às minorias, entre as quais a cristã, sobretudo católicos, com cerca de 7,5% da população.

 

Rui Jorge Martins
Publicado em 14.01.2015 | Atualizado em 30.04.2023

 

 
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