A publicação de uma «ampla antologia» dedicada a Frei Agostinho da Cruz (1540-1619) é uma das iniciativas previstas para marcar os 400 anos da morte «de um dos maiores poetas de língua portuguesa», que se assinalam a 14 de março, revela a diocese de Setúbal.
A obra, «destinada a um público abrangente», é organizada pelo escritor, poeta e investigador Ruy Ventura, comissário das comemorações, e será publicada pela editora Licorne.
«Figura marcante na literatura no nosso país e também na espiritualidade, nomeadamente franciscana e arrábida, a sua memória será lembrada entre este ano e 2020 (480 anos do seu nascimento) num conjunto de iniciativas, promovidas ou apoiadas pela Diocese de Setúbal», acrescenta a mesma fonte.
Entre os mecenas da publicação conta-se a Fundação Oriente, além de outras entidades a confirmar, estando a decorrer até 10 de fevereiro uma subscrição pública, que pode ser feita através do seguinte endereço eletrónico: ventura.1973@gmail.com.
O programa comemorativo refere a realização de um recital de poesia, no convento da Arrábida, a 23 de março, «com a leitura de poemas de Frei Agostinho da Cruz e de outros autores que espelharam nos seus versos aquele sacro-monte».
A 1 de junho realiza-se um colóquio sobre a vida e obra do poeta, que decorrerá em Sintra, onde o Frei Agostinho viveu mais de 40 anos.
Está também prevista uma conferência, em Setúbal, proferida pelo bibliotecário e arquivista da Santa Sé, o arcebispo D. José Tolentino Mendonça, agendada para janeiro de 2020.
As celebrações, que contarão com outras iniciativas em preparação, encerram com um colóquio, a realizar no convento da Arrábida.
Nascido em Ponte da Barca e falecido em Setúbal, junto à igreja da Anunciada, Agostinho Pimenta – o seu primeiro nome – foi noviço no convento de Santa Cruz, na serra de Sintra, passando a habitar a partir de 1605 numa cela na serra da Arrábida, como eremita.
D.R.
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