«Independentemente do que possa significar ser um verdadeiro artista, podemos reconhecer que existe uma nostalgia demiúrgica no fazer das práticas artísticas. Persiste, sob a ideia de artista, uma sombra dos atos de culto: há uma proximidade entre a produção do mundo da arte e a construção atemporal de símbolos.»
Este é um dos vértices da exposição “Triângulo”, que a Galeria Brotéria, em Lisboa, apresenta até 29 de maio, inspirada numa figura geométrica «patente em diversas correntes de misticismo, da alquimia babilónica à cultura egípcia ou judaico-cristã», e que é ponto de partida para «dar a ver as verdades místicas» dos artistas convidados.
David Correia Gonçalves
Horácio Frutuoso
A mostra «parte da ideia de que o conteúdo da mística é a própria natureza do mistério, do espanto e do indizível que inspirou pensadores de várias eras e continua a influenciar a prática artística contemporânea nos seus diversos territórios, nomeadamente das artes visuais».
«Esta exposição manifesta, através de diferentes linguagens, uma vontade de visualizar a problemática da ritualidade e da mística como condição para a criação em arte, questionando a ausência e a presença do sagrado», explica a folha de sala.
Eduarda Rosa
Francisca Carvalho
David Correia Gonçalves, Horácio Frutuoso, Pedro Sequeira, Carla Castiajo, Pedro Tropa, Hugo Bernardo, Eduarda Rosa, Francisca Carvalho, Catarina Silva e Vasco Futscher são as dez personalidades convocadas para esta exposição, que para as suas obras partiram de textos assinados por Carolina Quintela, Eva Oddo e pela Galeria da Brotéria.