«A história das formas das igrejas e as transformações do espaço litúrgico ao longo da História mostram a vitalidade da Igreja e não nos dão soluções arquitetónicas acabadas e definitivas. O edifício igreja responde a princípios teológicos e cosmológicos gerais, mas também a variáveis arquitetónicas, culturais, históricas e geográficas concretas.
Não conseguimos compreender a situação atual sem uma referência imediata ao movimento moderno da arquitetura e aos seus desenvolvimentos posteriores, e sem referência aos movimentos bíblico, patrístico, litúrgico do século XX, que reconfiguraram uma nova teologia e a sua receção pelo Vaticano II.
A refontalização e “aggiornamento” da vida da Igreja, e uma abertura discernida ao mundo contemporâneo, refletem-se na própria arquitetura das nossas igrejas, e isso é positivo e saudável.»
Intervenção do P. João Norton, SJ na 18.ª Jornada Nacional da Pastoral da Cultura, que decorreu a 14 de setembro, em Fátima, sobre o tema "Edificar hoje a casa de Deus na cidade terrena".