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"A Misericórdia: um evangelho por habitar" pela Bíblia, teatro e outros saberes

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"A Misericórdia: um evangelho por habitar" pela Bíblia, teatro e outros saberes

«Sabemos como a imagem de um Deus intransigente e castigador lançou gerações numa paralisante angústia. E como subsiste ainda um mau entendimento do que é a justiça de Deus, com tantos fantasmas e medos a ela associados.»

Este é um dos pontos de partida das oito conferências do ciclo "A Misericórdia: um evangelho por habitar", que as Monjas Dominicanas do Mosteiro de Santa Maria, no Lumiar, em Lisboa, organizam a partir de outubro, até maio.

A iniciativa coincide com o Jubileu Extraordinário da Misericórdia, instituído pelo papa Francisco, que decorre entre 8 de dezembro e 20 de novembro do próximo ano.

«É necessário anunciar que a justiça de Deus não é uma justiça punitiva, mas sim uma justiça iluminada (evangelicamente poderíamos dizer, revolucionada) pela misericórdia. E a misericórdia é reencontro, gratuidade, arte de curar e de reconstruir, rasgar de horizontes, experiência de perdão, desfatalização da história, surpreendente expressão da ternura de Deus, excesso de dom», sublinha o texto de apresentação, redigido por José Tolentino Mendonça.

O biblista, que inaugura a iniciativa, a 10 de outubro, com a intervenção intitulada "A desconcertante misericórdia de Jesus", realça o «jogo de palavras que a mística cristã oferece como mapa para uma relação credível com Deus», através do qual «cada crente é chamado a descobrir que Deus é "impassibilis", mas não "incompassibilis"»: «Isto é, que Deus, não sendo vulnerável, abraça voluntariamente, e até ao fim, a nossa vulnerabilidade por vontade da sua compaixão».

"Misericórdia para todo o criado: precisamos de uma nova ecologia?" é a questão que Rui Grácio O.P. propõe a 14 de novembro, e a 12 de dezembro o ator e encenador Luís Miguel Cintra fala das "Figuras inesperadas da misericórdia no teatro".

"A misericórdia que nos reconstrói" (Emília Leitão, 9 de janeiro), "A misericórdia no judaísmo bíblico" (João Lourenço O.F.M., 13 de fevereiro) e "Misericórdia e homoafetividade na Igreja" (José António Almeida, Sofia Madureira, 12 de março) constituem os temas dos primeiros três encontros de 2016.

José Frazão, S.J. questiona, a 9 de abril, se "A Igreja é credível quando (não) prega a misericórdia?", enquanto que Maria José Vaz Pinto e Rui Pedro Vasconcelos concluem este ciclo no dia 14 de maio, com o tema "Entre o dito e o dizer: novas declinações da misericórdia em José Augusto Mourão".

As conferências, com entrada gratuita, começam sempre às 15h30, seguindo-se um tempo de debate e convívio, que antecede a celebração da missa.

 

Rui Jorge Martins
Publicado em 02.09.2015 | Atualizado em 22.04.2023

 

 

 
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