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Arquitetura

In memoriam: Oscar Niemeyer e a nova catedral de Belo Horizonte

O arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer morreu esta quarta-feira aos 104 anos, num hospital do Rio de Janeiro, onde tinha sido internado no início de novembro.

Nascido no Rio de Janeiro, a 15 de dezembro de 1907, estava perto de celebrar os 105 anos.

Um dos seus últimos projetos foi a nova catedral de Belo Horizonte, sede do estado brasileiro de Minas Gerais, no centro-leste do país.

A primeira pedra da sé dedicada a Cristo Rei foi lançada a 19 de novembro de 2011, dia em que chegou à capital mineira a cruz da Jornadas Mundiais de Juventude, que o Brasil vai organizar em 2013. No local foi levantada a cruz exterior da catedral, com 20 metros de altura, doada por duas empresas.

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A catedral, com capacidade para cinco mil lugares sentados, pode receber até 20 mil pessoas.

O espaço «será um grande centro de espiritualidade, com força de congregação de pessoas, de irradiação de ideias e princípios básicos para o sustento da vida cidadã», afirmou o arcebispo de Belo Horizonte, D. Walmor Azevedo, em entrevista à rede de televisão Canção Nova.

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O prelado que o papa Bento XVI nomeou em 2009 membro da Congregação para a Doutrina da Fé sublinhou que a catedral «também garantirá uma contribuição, em programas e projetos dedicados ao serviço social, ao cuidado com os pobres, desenvolvimento da arte, da cultura e da educação».

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A ligação de Oscar Niemeyer a Belo Horizonte remonta aos anos 40 do século XX, quando conheceu o presidente da câmara municipal, Juscelino Kubitschek, que o convidou a traçar um conjunto de edificações para a zona denominada Pampulha.

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Entre os projetos concluídos em 1943 incluía-se a igreja São Francisco de Assis, que só viria a ser dedicada no fim da década de 50, depois de anos de recusa por parte da hierarquia católica.

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Quando Kubitschek foi eleito presidente do Brasil, em 1956, decidiu instalar a capital numa região despovoada no centro do país. Voltou a chamar Niemeyer, que desenhou a catedral e os principais edifícios do poder político em Brasília, como a residência do presidente, sede do Governo, e edifício do Congresso Nacional.

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Em agosto de 2011 foi lançado o livro “As igrejas de Oscar Niemeyer” (editora Nosso Caminho), que reúne imagens e desenhos das 16 obras que planeou, algumas não executadas.

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Comunista assumido, a sua posição de não crença em Deus foi definida «desde muito cedo», apesar das suas origens familiares católicas, disse em entrevista.

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«Na introdução que escrevi para o livro, procurei lembrar que na casa dos meus avós maternos em Laranjeiras minha avó organizava missas todos os domingos, a que muita gente assistia. Eram pessoas de muito boa índole, solidárias e generosas, acima de tudo tementes a Deus», referiu.

FotoD. Walmor Azevedo e Oscar Niemeyer

O projeto da catedral de Belo Horizonte integrou a exposição em que artistas de vários pontos do globo homenagearam os 60 anos de sacerdócio do papa Bento XVI, mostra realizada em 2011 no Vaticano.

FotoNiemeyer diante do projeto. Na estante há um Galo de Barcelos

 

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© SNPC | 06.12.12

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Oscar Niemeyer

 

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