

O papa exprimiu «a mais firme condenação» pelo «horrível atentado» que ocorreu hoje em Paris, dentro e fora da redação do jornal satírico "Charles Hebdo", revelou o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé.
O massacre na capital, que causou pelo menos 12 mortos, «lançou na consternação toda a sociedade francesa, perturbando profundamente todas as pessoas amantes da paz, bem para lá das fronteiras da França», declarou o padre Federico Lombardi, refere o jornal "Avvenire".
Francisco «participa na oração pelo sofrimento dos feridos e das famílias dos defuntos» e «exorta todos a oporem-se com todos os meios à difusão do ódio e de toda a forma de violência, física e moral, que destrói a vida humana, viola a dignidade das pessoas, mina radicalmente o bem fundamental da convivência pacífica entre as pessoas e os povos, não obstante as diferenças de nacionalidade, de religião e de cultura».
Qualquer que seja a motivação, prossegue a nota do gabinete de imprensa, «a violência homicida é abominável, nunca é justificável, a vida e a dignidade de todos sejam garantidas e protegidas decididamente, toda a instigação ao ódio seja rejeitada, seja cultivado o respeito pelo outro».
O papa «exprime a sua proximidade, a sua solidariedade espiritual e o seu apoio a todos aqueles que, segundo as suas diferentes responsabilidades, continuam a empenhar-se com constância pela paz, a justiça e o direito», para «curar em profundidade as fontes e as causas do ódio», num «momento doloroso e dramático, em França e em cada lugar do mundo marcado por tensões e violências».
In "Avvenire"