O papa Francisco nomeou hoje como «membro ordinário» da Academia Pontifícia das Ciências a professora canadiana Donna Theo Strickland, que em 2018 foi distinguida com o prémio Nobel da Física.
Nascida em 1959, obteve a licenciatura em Engenharia e doutorou-se em física, com especialização em ótica, disciplina que leciona na Universidade de Waterloo.
O Nobel da Física de 2018, igualmente atribuído francês Gérard Mourou, deveu-se à invenção, no ano de 1985, de um método para gerar os impulsos de laser mais curtos e intensos alguma vez criados pela humanidade.
Donna Strickland, que foi primeira mulher a ganhar o Nobel da Física em cinquenta e cinco anos e a terceira a terceira a recebê-lo na história do galardão, é membro da “The Optical Society”, de que foi vice-presidente e presidente, bem como da National Academy of Sciences, dos EUA.
A pesquisa no domínio do laser, que em 2018 também distinguiu com o Nobel o norte-americano Arthur Ashkin, permitiu produzir «instrumentos de precisão avançados que abrem a porta a áreas novas de investigação e uma multitude de aplicações médicas e industriais», justificou a Academia Sueca de Ciência.
No último dia de julho, o papa tinha nomeado, também como membro ordinário da Academia Pontifícia das Ciências, Susan Solomon, docente de Química da Atmosfera no Massachusetts Institute of Technology (MIT), que tem investigado as causas do buraco na camada de ozono antártica. A 30 de julho, passou a integrar a Academia o professor universitário de epidemiologia Chien-Jen Chen, que nasceu e leciona em Taiwan.
A instituição do Vaticano, «primeira academia exclusivamente científica do mundo», com origem que remonta a 1603 e da qual Galileu foi sócio, escolhe os seus membros «sem forma alguma de discriminação étnica ou religiosa, entre os mais eminentes cientistas e estudiosos das ciências matemáticas e experimentais de todo o mundo».