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Pastoral da Cultura nos 20 anos do IndieLisboa

O IndieLisboa, que nesta quinta-feira, 27 de abril, abriu o grande ecrã para a vigésima edição, volta a contar com a presença do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura (SNPC), que atribui o Prémio Árvore da Vida, no valor de dois mil euros.

O galardão é conferido desde 2010 naquele que é considerado o mais importante festival de cinema independente em Portugal, a um dos filmes selecionados pela organização para a secção Competição Nacional, tendo como critério os seus valores espirituais e humanistas, a par das qualidades cinematográficas.

«Quando, desde o início, pensámos em fazer um festival, a ideia do IndieLisboa era chamar a atenção para cinematografias mais desconhecidas, e a nossa, portuguesa, é desconhecida do próprio público português. Lamentamos que cada filme tenha tão poucos espetadores quando sai para a sala», explicou Miguel Valverde, cofundador do festival, em entrevista ao SNPC na edição do ano passado.

O único dos três diretores originais sublinhou que o papel do Indie «é continuar a reforçar a importância dos filmes portugueses no contexto do Festival, mostrar que estão ao mesmo nível dos outros filmes», porque o cinema feito em Portugal «não se esgota, tem ainda muitos caminhos possíveis», com «novos nomes, novos talentos».



«Sentimos uma aposta na ficção como há muito não víamos [nas submissões nacionais], depois de anos em que tínhamos uma paridade entre o documentário e a ficção»



«Por isso, toda a atenção que possamos dar à Competição Nacional – e o Prémio Árvore da Vida olha desde o seu início para os filmes portugueses – é fundamental para olharmos para dentro do que fazemos, e para encontrarmos as várias gerações que estão em diálogo», salientou Miguel Valverde, que, ao antecipar, a um ano de distância, a 20.ª edição, prometeu: «Seja o que for, aconteça o que acontecer, estaremos lá para defender os filmes em que acreditamos».

No caderno que acompanha o IndieLisboa 2023 os organizadores recordam aos cinéfilos que «pensar uma Competição Portuguesa levanta sempre dúvidas, cada vez mais importantes e relevantes».

«O Cinema Português tem (e sempre teve) muitas vozes, muitas identidades e muito pensamento. Tem a heterogenia que nos querem tirar, e a vitalidade da liberdade, da loucura e da singularidade. Temos no nosso cinema, vozes temporais distintas, gerações que se entrecruzam», cineastas que «cruzam olhares, discutem formas, revelam segredos escondidos e se deixam levar pela poesia», refere o texto introdutório da Competição Nacional.

Para o SNPC, o prémio Árvore da Vida pretende também ser uma forma de olhar adiante na produção portuguesa, acompanhando o que de mais recente se faz e as abordagens que maior interesse despertam nas gerações do futuro.

Este ano, o júri, constituído por Pedro Mexia, antigo subdiretor e diretor interino da Cinemateca Portuguesa, poeta, escritor, crítico, e Rui Martins, do SNPC, decidirá entre seis longas e dezanove curtas-metragens.

«Sentimos uma aposta na ficção como há muito não víamos [nas submissões nacionais], depois de anos em que tínhamos uma paridade entre o documentário e a ficção», assinalou Miguel Valverde em entrevista ao “Público”.

O programa do IndieLisboa, até 7 de maio, conta com o número recorde de 314 filmes (eram 79 na primeira edição), espalhados por múltiplas competições e secções, entre as quais “50 anos de liberdade”, evocação da revolução de 25 de abril de 1974, em vários cinemas da cidade.


 

Rui Jorge Martins
Imagem: SNPC
Publicado em 08.10.2023

 

 

 
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