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Vaticano

Bento XVI começa retiro da Quaresma com pregação sobre os Salmos orientada pelo presidente do Pontifício Conselho da Cultura

Bento XVI inicia este domingo o seu ultimo retiro da Quaresma enquanto papa, tendo escolhido para o orientar o presidente do Pontifício Conselho da Cultura, que vai basear as meditações no livro bíblico dos Salmos.

O cardeal italiano Gianfranco Ravasi, especialista em estudos bíblicos, afirmou que a escolha é justificada com a convicção de que «Deus e o homem estão em estreito diálogo» nos Salmos, refere o site da agência de notícias da Santa Sé.

"Ars orandi, ars credendi. O rosto de Deus e do homem na oração sálmica" é o título do retiro que Bento XVI vai ouvir do prelado no Vaticano.

«A revelação de Deus não é um solilóquio solitário de Deus no seu horizonte dourado, mas é um diálogo, e no diálogo deve existir também a resposta», sublinhou.

Gianfranco Ravasi iniciará o retiro com uma reflexão sobre verbos da oração: respirar, pensar, lutar, amar.

«Esta introdução, evidentemente, tem também um pouco de quase provocação, porque habitualmente os verbos da oração que se usam são - precisamente - orar, louvar, invocar, suplicar... No entanto a alma profunda da oração é muito mais complexa, é, antes de tudo, certamente respirar», afirmou, acrescentando que a oração «é como a respiração da alma».

Por vezes, prosseguiu, «o mistério de Deus» é uma «luta»: «Todos nós recordamos a célebre luta que Jacob estabelece com Deus, o Ser misterioso».

Referindo-se ao termo "pensar", o cardeal Ravasi lembrou que o filósofo Wittgenstein dizia que «rezar é pensar no sentido da vida». «E, com um jogo de palavras em alemão, outro filósofo distante das questões estritamente religiosas, Heidegger, dizia: “Denken ist danken”, pensar é agradecer. Porque é a grande descoberta que te faz feliz. Eis porque a oração é também pensamento».

A oração é também um «cruzamento de diálogos, é um encontro»: «O elemento fundamental é o encontro e o abraço. E eu citarei mais algumas vezes testemunhos que não pertencem à nossa cultura religiosa».

«Há uma belíssima expressão de uma mística muçulmana do século VIII - Rabia - a qual, sob o céu estrelado de Bassorá, a sua cidade no Iraque, diz: "A noite acende-se. As estrelas brilham no céu. Todo o enamorado está com a sua amada e eu estou aqui, só contigo, ó Senhor". Isto é, a linguagem do amor e a linguagem da mística.»

 

Rui Jorge Martins
© SNPC | Atualizado em 17.02.13

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