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Revista de teologia propõe caminhos de confluência entre arte, liturgia e estética

«Estamos conscientes de que o Homem contemporâneo apresenta novas formas de expressão artística que exprimem, a seu modo, a transcendência, e que constituem o lugar teológico para que a fé cristã se exprima e ultrapasse um revivalismo empobrecido.»

Esta é uma das convicções declarada no editorial do terceiro volume da Revista do Seminário de Angra, texto assinado pelo P. Hélder Alexandre, coordenador da publicação, enviado hoje ao Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura.

A primeira secção recupera as 3.ªs Jornadas de Teologia, organizadas pelo Seminário açoriano em março de 2019, sobre “Arte, expressão que transcende”, que «pretenderam dar um humilde contributo para uma reflexão crítica e ponderada acerca dos desafios» que a arte «coloca no contexto da mensagem cristã».

O bispo de Angra, D. João Lavrador, reflete sobre «a Teologia e a arte em diálogo, a partir de três documentos essenciais da Igreja: as Constituições Conciliares “Sacrosanctum Concilium” e “Gaudium et Spes”, e a mensagem do do papa S. João Paulo II aos artistas.

O prelado, diretor da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais, realça que «apesar da relação entre a arte, a criação e a presença de Deus nas obras criadas, ao longo da história nem sempre foi possível estabelecer esta relação. A arte, quando é autêntica, é sempre reveladora do Mistério».

O P. Joaquim Félix de Carvalho, professor e investigador de Liturgia na Faculdade de Teologia da Universidade Católica (FT/UCP), propõe, no texto “Via sapiencial das artes na liturgia: desafios contemporâneos”, «que as artes litúrgicas sejam valorizadas como expressão sacramental».

O antigo referente da Pastoral da Cultura da diocese angrense e professor do seu seminário, P. Cipriano Pacheco, reflete sobre “Estética e Mística em São Tomás de Aquino”.

“Estética e Teologia. Contexto, fundamentos e desafios” é o tema desenvolvido pelo P.  Alexandre Palma, professor e investigador da FT/UCP, para quem «uma maior incorporação da questão estética na vida eclesial não se pode limitar a mostrar o belo, mas terá também de fazer um caminho concomitante de conversão dos sentidos».

A diretora do Secretariado Nacional para os Bens Culturais da Igreja, Sandra Costa Saldanha, anota «os desafios de comunicação e envolvimento das comunidades em relação ao património eclesial».

Na segunda parte da Revista, o P. Teodoro Medeiros propõe “Um terreno exegético por explorar: a abordagem linguística de Alain Rabatel à categoria de ponto de vista”, e o Cón. João Maria Mendes evoca o “90.º aniversário dos Pactos Lateranenses e da criação do Estado da Cidade do Vaticano”.

A Revista finaliza com a «composição, as atividades e os dados mais significativos da vida do Seminário de Angra, ao longo do ano 2019». 

«Em tudo o que suscita em nós o sentimento puro e autêntico da beleza, há realmente a presença de Deus. Há quase uma espécie de encarnação de Deus no mundo, da qual a beleza é o sinal. A beleza é a prova experimental de que a encarnação é possível. Por isso qualquer arte de categoria é, por sua essência, religiosa», assinala o reitor do Seminário de Angra, P. Hélder Alexandre, citando Simone Weil.


 

Rui Jorge Martins
Imagem: Capa | D.R.
Publicado em 08.10.2023

 

 

 
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