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Revista “Didaskalia” deixa «história inapagável» e «profético fermento de futuro»

«A Revista “Didaskalia” foi um dos mais importantes e consequentes projetos teológicos desenvolvidos em Portugal nas últimas décadas. Deixa, por isso, uma marca histórica inapagável, mas também um profético fermento de futuro.»

É com estas palavras que o arcebispo D. José Tolentino Mendonça se “despede” da publicação que dirigiu, a qual, com o fascículo duplo do volume 48, recentemente lançados, termina a sua existência.

«Nascida como “órgão da atividade científica e instrumento de comunicação cultural” [palavras de abertura do primeiro fascículo 1, nº 1 (1971) 3], este periódico cumpre agora a sua primeira etapa, para dar lugar a um recomeço com novo projeto», escreve o atual diretor no texto de apresentação.

O Fr. Isidro Lamelas destaca que a revista «está estreitamente ligada» ao meio século de história da Faculdade de Teologia da Universidade Católica, tendo contribuído para a «investigação e divulgação teológica».



«Ao longo destes anos a “Didaskalia” foi realmente cumprindo com o rumo assim traçado, mas foi, ao mesmo tempo, mostrando capacidade de se adaptar a novas realidades e desafios»



O bispo D. António Montes Moreira realça que a publicação «contribuiu significativamente para a afirmação exterior» da Faculdade de Teologia, perspetiva reforçada por José Eduardo Borges de Pinho, professor catedrático da instituição.

«A Revista “Didaskalia” tem sido ao longo dos anos um dos rostos mais visíveis e significativos da presença da Faculdade de Teologia no estrangeiro, e muitos dos seus textos, pelo rigor científico e pela qualidade teológica-eclesial que manifestam, continuam a merecer ser revisitados», observa.

No seu primeiro fascículo, a revista, que extrai o seu nome da palavra de origem grega que quer dizer “ensinamento”, “instrução”, propunha como ideário «colaborar no esforço atual de renovação da teologia em contacto permanente com as fontes e em diálogo com as ciências humanas, designadamente, a filosofia», recorda o Fr. Isidro Lamelas.

«Ao longo destes anos a “Didaskalia” foi realmente cumprindo com o rumo assim traçado, mas foi, ao mesmo tempo, mostrando capacidade de se adaptar a novas realidades e desafios», salienta o docente.



A “Didaskalia” «é um património precioso a continuar», de que a nova revista única da Faculdade, prevista para arrancar em 2019, «totalmente renovada, no nome e na orgânica», «vai colher os melhores frutos e potenciar»



Assumindo-se um «veículo essencial de presença e intercâmbio de saberes, dentro e fora do país», a revista «manteve redes com universidades e centros de investigação, com investigadores e formandos, com revistas congéneres e bibliotecas espalhadas por todo o mundo». 

A publicação também ganhou reputação fora das fronteiras da teologia, como sublinha Guilherme d’Oliveira Martins, anterior presidente do Centro Nacional de Cultura e atual membro da sua direção.

«A experiência da revista “Didaskalia” correspondeu sempre a uma garantia elevada de qualidade – constituindo os textos aí publicados um repositório filosófico, científico, teológico e pedagógico com prestígio internacional e um interesse cultural permanente», assinala.

O Fr. Isidro Lamelas considera que «enxergar vida na morte e em cada “fim” uma estação de recomeço é a melhor forma de prosseguir», e manifesta a convicção de que a “Didaskalia” «é um património precioso a continuar», de que a nova revista única da Faculdade, prevista para arrancar em 2019, «totalmente renovada, no nome e na orgânica», «vai colher os melhores frutos e potenciar».


 

Rui Jorge Martins
Imagem: D.R.
Publicado em 30.09.2018 | Atualizado em 08.10.2023

 

 
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