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Cardeal Tolentino Mendonça integra comissão científica dos 700 anos da morte de Dante

O cardeal José Tolentino Mendonça encabeça a lista de membros da comissão científica instituída pelo Vaticano para assinalar o sétimo centenário da morte de Dante Alighieri (1321-2021), figura de referência para o catolicismo e para vários papas contemporâneos.

A iniciativa organizada pelo Conselho Pontifício da Cultura, e dirigida pelo seu presidente, o cardeal italiano Gianfranco Ravasi, expressa a consciência da «ligação profunda» entre a «produção literária» do poeta e «a fé católica», refere a nota de apresentação publicada na página da instituição.

O comité científico-organizativo quer «exprimir o vivo desejo da Santa Sé de honrar a memória do Sumo Poeta, arauto mais eloquente do pensamento cristão», como o definiu Bento XVI, «e aprofundar a sua figura e obra na sua dimensão religiosa e cultural».

«Nosso é Dante! Nosso, queremos dizer, da fé católica», escreveu o papa S. Paulo VI sobre o autor nascido na cidade de Florença, e considerado o maior poeta da língua italiana, e de quem deriva a palavra “dantesco”, em referência à sua descrição do Inferno feita no seu poema mais conhecido, “Divina comédia”.

O Conselho Pontifício da Cultura salienta as perguntas «últimas e fundamentais» que Dante coloca «sobre o sentido da existência», a par da sua «constante procura» na qual «elabora a experiência espiritual e pessoal do encontro com Deus», e que o tornaram, segundo o cardeal Ravasi, «necessário a todos em todos os tempos».



Dante «convida-nos mais uma vez a reencontrar o sentido perdido ou ofuscado do nosso percurso humano, e a esperar voltar a ver o horizonte luminoso em que brilha em plenitude a dignidade da pessoa humana», escreveu o papa Francisco



«A atualidade de Dante torna-se hoje vital para a articulada reflexão filosófica e teológica sobre grandes temas, pelo espírito de busca, científica e espiritual, pela apurada e profunda observação da humanidade, num percurso ao mesmo tempo antropológico profundo, capaz de tocar cada homem e cada mulher de cada tempo», assinala o Conselho Pontifício.

O sétimo centenário vai ser aproveitado como «nova ocasião de diálogo, de amplo respiro antropológico e teológico, no mundo cultural, não só católico, que admira a força expressiva do poeta e, através dela, a sincera busca do homem com as suas experiências, aspirações, contradições, a partir do mistério da sua liberdade e do seu constitutivo ser “de” e “em” relação».

A comissão científica vai «promover um percurso articulado de estudo, investigação científica, documentação, através de publicações e iniciativas públicas, para um amplo projeto de divulgação e de comunicação de Dante e da sua produção literária».

A realização destes objetivos contará com a parceria de instituições culturais internacionais, com vista a conhecer Dante que, como referiu o papa Francisco, é «um profeta de esperança, anunciador da possibilidade do resgate, da libertação, da mudança profunda de cada homem e mulher, de toda a humanidade».

«Ele convida-nos mais uma vez a reencontrar o sentido perdido ou ofuscado do nosso percurso humano, e a esperar voltar a ver o horizonte luminoso em que brilha em plenitude a dignidade da pessoa humana», escreveu Francisco em 2015, por ocasião dos 750 anos do nascimento de Dante.


 

Rui Jorge Martins
Fonte: Conselho Pontifício da Cultura
Imagem: D.R.
Publicado em 09.01.2020 | Atualizado em 07.10.2023

 

 
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