Música, artes plásticas, cinema, literatura, ciências sociais, teologia e comunicação social são algumas das perspetivas que vão olhar para o centenário das aparições marianas em Fátima.
«Chegados quase ao fim do arco temporal de comemoração (depois do também simbólico 13 de Outubro), impõe-se fazer uma análise crítica multidisciplinar, na qual se façam ouvir vozes diversas sobre os mesmos acontecimentos», sublinham os organizadores do encontro que decorre a 17 de janeiro, em Lisboa.
O centenário, «associado à canonização dos pastorinhos e à visita do Papa Francisco, como peregrino (nas suas próprias palavras), deu origem ou fez reemergir questões que se prendem com a relação entre o Estado e a Igreja, com a chamada “identidade religiosa” dos portugueses, com a sintonia com a mensagem do Papa e com a dissidência face à mesma», sublinham os organizadores.
O programa, promovido pelo Observatório da Religião no Espaço Público (POLICREDOS) e Centro de Investigação em Teologia e Estudos de Religião (CITER-Universidade Católica), inicia-se com a conferência “Que fica do centenário da Fátima?”, pelo teólogo Fr. Bento Domingues o.p. e moderação de Teresa Toldy (10h15-11h00).
Intitulado “Fátima no seu centenário: olhares plurais”, o colóquio continua com o primeiro painel (11h20-12h45), intitulado “Reinterpretações de Fátima”, convocam-se dois «olhares»: ciências sociais (Anna Fedele) e teologia (Teresa Toldy, António Martins).
Prosseguindo as “Reinterpretações”, o segundo painel (14h15-1540) apresenta novas perspetivas: média (António Marujo), música (Alfredo Teixeira) e plásticas/cinema (Mário Avelar), com moderação de Steffen Dix.
O encontro continua (16h10-17h00) com “Diálogo – Literatura e Fátima”, envolvendo Leonor Xavier e Teresa Bartolomei, cabendo a José Tolentino Mendonça a moderação. Das 17h00 às 18h00 ocorre o debate e o encerramento.
A sessão realiza-se no Centro de Informação Urbana de Lisboa (Rua Viriato, 13, Picoas Plaza), a partir das 10h00.