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Exposição

"Memórias de Fé" apresenta património religioso

O espólio religioso das sete capelas pertencentes à Junta de Freguesia de Torre de Moncorvo está em exposição desde o dia 1 de Março, no recém-inaugurado Centro de Memória da vila.

A exposição visa divulgar as "memórias de fé", associadas ao culto religioso, que foram inventariadas num projecto levado a cabo pela junta de freguesia, em parceria com o Projecto Arqueológico da Região de Moncorvo, a Associação Cultural e o apoio do actual executivo.

A presidente da junta, Maria de Lurdes, contou ao "Mensageiro Notícias" que este é apenas o primeiro passo de um percurso iniciado há mais de um ano. Actualmente, todo o espólio das capelas da freguesia foi inventariado e começa a ser recuperado.

"É preciso agora iniciar uma profunda intervenção", apontou a autarca, pois o património "estava muito degradado".

"As capelas foram todas repintadas por pessoas sem formação em conservação e restauro. Cada um escolheu a sua cor e o seu gosto e alguns ainda se aventuraram a repintar as próprias imagens", contou.

Em exposição estão apenas 44 peças, "uma pequena amostra", de santos, objectos religiosos relacionados com o altar e com a devoção, ourivesaria, pintura, paramentaria, artes gráficas e objectos religiosos associados à colecta e ao ofertório. Os visitantes podem assim conhecer imagens de santos datadas do século XV, pinturas datadas do século XVI e XVII ou artes gráficas datadas do século XVII. Todos os objectos são provenientes das capelas da junta, nomeadamente da capela do Mártir S. Sebastião, da capela de Nossa Senhora da Esperança, da capela de S. Lourenço, capela de S. João Baptista e Nossa Senhora de Fátima, da capela de Nossa Senhora da Eirinha, da capela de S. Bento e Santa Leocádia e da capela de Nossa Senhora da Conceição.

Com a recuperação de todo o património, mostrado apenas em parte á população, a junta de freguesia pretende "sensibilizar" para a "protecção", evitando erros e a "destruição" do espólio religioso.

 

Abrir as capelas à população

Abrir as capelas a toda a população é outro dos objectivos da junta, que pretende recuperar não só o interior como também o exterior das capelas. Actualmente "estão quase sempre fechadas", sendo que há uma zeladora que vai cuidadno de a abrir quando é solicitada. A presidente da junta quer que cada uma das capelas seja recuperada, volte a comemorar a sua festa anual e esteja sempre aberta aos visitantes e à população em geral.

"As capelas, depois de recuperadas, podem vir a servir o turismo cultural e, por isso, devem estar abertas á população", considerou Maria de Lurdes.

Depois desta primeira exposição, a autarca diz que uma outra pode vir a ser organizada, desta vez com peças já recuperadas, a expor no Museu do Ferro e da Região de Moncorvo.

Carla A. Gonçalves

in Mensageiro Notícias

10.03.2008

 

 

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Exposição "Memórias de Fé"


































Exposição "Memórias de Fé" Fotos: Projecto Arqueológico
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