As crónicas portuguesas de Georges Dussaud
Grécia, Índia, Irlanda, Cuba, Portugal são alguns dos países que Georges Dussaud (França, 1934) tem fotografado a preto e branco. No nosso país, a objectiva de Dussaud retratou vidas, interiores, paisagens, festas e trabalhos, de Lisboa ao Douro, do Alentejo a Trás-os-Montes, da terra ao mar.
"Cheguei a um país de céu denso, de vento, de chuva, de praias brumosas onde se apanha o sargaço; de aldeias com casas de granito, de gândara e de grandes rochedos gastos pelo vento, de pequenos campos de centeio rodeados por pedras nuas. Aqui, vêem-se grandes rebanhos de carneiros e de cabras, de vacas castanhas com cornos enormes em forma de lira. Para se protegerem do frio e da chuva, homens e mulheres usam, ainda, capas de palha e feltro castanho. Descobri pessoas naturais, verdadeiras, que aceitam com simplicidade que eu viva com elas para as fotografar."
Na sequência da exposição apresentada de Julho a Setembro no Centro Português de Fotografia (Porto), onde se assinalaram os 25 anos de trabalhos de Dussaud em Portugal, a Assírio & Alvim lançou recentemente o álbum "Crónicas Portuguesas", que documenta os passeios do autor, acompanhado da mulher, "num registo a preto e branco que surpreende pela intemporalidade e preservação da alma mais arreigada dos povos." (Dora Guennes, Sol). E no Jornal de Letras de 5 de Dezembro escreve-se que "é um dos mais belos álbuns sobre Portugal (ou sobre o Portugal profundo)".
Do «site» de Georges Dussaud retirámos algumas das suas fotografias, deixando o convite para uma visita mais aprofundada à sua página pessoal.
© SNPC - Publicado em 07.12.2007
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