Igreja e Estado: um exemplo de colaboração e independência
Os financiamentos atribuídos pelo Governo dos Açores a empreendimentos e a tarefas desenvolvidas pela Igreja Católica ou instituições a ela ligadas atingiram, em 2007,os vinte milhões de euros.
A informação foi avançada terça-feira pelo presidente do Governo, Carlos César, ao sublinhar a "extraordinária importância" da missão desenvolvida pela Igreja Católica na Região.
Na cerimónia destinada a assinalar a reabertura da Igreja da Fajã de Baixo, após obras de restauro que se prolongaram por dois anos, o chefe do Executivo realçou o facto de a Igreja estar presente em todas as freguesias dos Açores, através da acção pastoral, da intervenção social e da variedade de serviços prestados.
Carlos César referiu-se à cooperação que o seu Governo mantém com organismos ligados à Igreja como a Cáritas, os centros paroquiais ou as misericórdias, assegurando que nessas relações prevalecem as regras da independência e do respeito mútuos.
Sobre as obras na igreja da Fajã de Baixo, um templo com mais de 200 anos dedicada à Senhora dos Anjos, o Presidente do Governo Regional referiu que a sua realização se deve, sobretudo, à colaboração do povo da freguesia. Sem os 213 mil euros recolhidos por iniciativa dos paroquianos, a intervenção, comparticipada pelo Governo em 516 mil euros e pela Câmara de Ponta Delgada em outros 30 mil euros, não se teria concretizado, considerou.
Tratou-se de uma "obra do povo, a que se juntaram os poderes públicos", acrescentou, numa cerimónia em que participou o Bispo de Angra, D. António Braga.
in A União
28.03.2008
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