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"No Vale de Elah" distinguido pela Associação Católica Mundial para a Comunicação

O filme "No Vale de Elah", actualmente em exibição, foi distinguido pela Associação Católica Mundial para a Comunicação (SIGNIS) no último Festival de Veneza.

Através do sofrimento de um pai cujo filho desapareceu no regresso do Iraque, o realizador Paul Haggis oferece uma reflexão penetrante sobre o subconsciente de uma nação que sofre duramente as perdas e os sacrifícios daquela guerra. Num estilo narrativo clássico, a película ilumina a história contemporãnea.

No Expresso, Jorge Leitão Ramos escreve que "No Vale de Elah" "é um grito sobre as sequelas do Iraque na alma dos jovens americanos que para lá vão. Contado como uma história policial - e com uma grande interpretação de Tommy Lee Jones (e Susan Sarandon, naquela mãe desesperada?) - é um dos filmes mais marcantes do ano".

No mesmo semanário, Manuel Cintra Ferreira também propõe uma sinopse: "Hank é um oficial de carreira que, com a mulher, Joan (susan Sarandon), espera o regresso do filho, também ele militar, de uma missão no Iraque e que acaba por ser confrontado com a notícia do seu desaparecimento, sendo depois encontrado morto. Conhecendo a corporação, Hank sabe que a hierarquia não lhe dará os elementos todos se houvel algo de incómodo, tanto mais que os militares conseguem que a jurisdição da investigação lhes seja atribuída, Porém, Hank consegue, graças a um artifício legal, que ela seja passada para a polícia civil, ficando encarregada a detective Emily (Charlize Theron)".

O crítico de cinema refere seguidamente que o filme "toma agora a forma de um policial clássico, com o desfile de testemunhas e os colegas da vítima, que a pouco e pouco vão surgindo como potenciais suspeitos. O que se esconde atrás da pose e dos estereótipos da linguagem militar? É o que, pouco a pouco, Hank e Emily vão descobrindo, uma verdade querevela antes de mais como os homens se transformam em máquinas assassinas e irracionais, algo a que nem os mais bem intencionados e formados escapam. as gravações que o filho foi fazendo com o telemível ao longo da sua missão no Iraque são o testemunho gritante dessa transformação. No regresso da guerra houve algo que se perdeu em todos e que se manifesta por vezes numa violência irracional".

Manuel Cintra Ferreira conclui o artigo referindo que "'no Vale de Elah' é um filme sobre a perda e uma interoogação sobre o sentido dessa perda. Mas talvez não alcançasse a força quase trágica que possui sem a contribuição de Tommy Lee Jones. De facto, é ele quem domina inteiramente o filme, é ele que marca as suas variações dramáticas e dá o mote para todos os seus comparsas. mesmo uma Charlize Theron admiravelmente desglamourizada parece ceder ao seu magnetismo e acompanhar o seu movimento como o par de uma dança. Se um Óscar é merecido este ano (e a sua concorrência é de peso) é inteiramente para o seu trabalho em 'No Vale de Elah'".

 

Veja o «trailer»:

 

Conheça o site oficial do filme.

 

18.02.2008

 

 

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