Vemos, ouvimos e lemos
Responsabilidade social

O desafio de pagar a horas

Também na economia se pode aplicar a parábola do fermento na massa.

Num país em que é habitual as contas serem pagas depois dos prazos estabelecidos (às vezes muito depois), a ACEGE - Associação Cristã de Empresários e Gestores decidiu contrariar esta tendência propondo uma iniciativa que não é habitual em tempos de crise: dar visibilidade no portal VER (Valores, Ética e Responsabilidade) às empresas que se dispuserem a assumir o compromisso de pagar aos fornecedores na data que com eles acordam.

O vice-presidente daquela associação, António Pinto Leite, declarou ao "Expresso" que "não tem de haver um prazo igual para todos. Mas o desafio é que, na data acordada para o pagamento, ela seja cumprida".

O compromisso é válido por seis meses renováveis. No entanto pode ser solicitada a suspensão temporária do mesmo desde que a empresa se veja impossibilitada de o cumprir.

Até agora já aderiram à iniciativa cerca de duas dezenas de empresas, entre as quais a Bial, Brisa, Finangra, José de Mello SGPS, Grupo Pestana, BCP, Rádio Renascença, Universidade Católica e Accenture.

Pinto Leite considera que a iniciativa pode influenciar, de forma positiva, a economia portuguesa, evitando-se que muitas pequenas e médias empresas vivam situações desesperadas de tesouraria e caiam mesmo na falência devido a incumprimento de terceiros. A Grécia, Chipre e Portugal são os países europeus onde facturas esperaram mais tempo para serem pagas.

in Expresso, 12.07.2008 | rm

14.07.2008

 

 

Topo | Voltar | Enviar | Imprimir

 

 

barra rodapé

Foto
© Roy McMahon/Corbis
Edição mais recente do ObservatórioOutras edições do Observatório
Edição recente do Prémio de Cultura Padre Manuel AntunesOutras edições do Prémio de Cultura Padre Manuel Antunes
Quem somos
Página de entrada