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Bento XVI

Quem reza nunca perde a esperança

“O primeiro serviço que posso prestar à Igreja e à humanidade é a oração”, porque “quem reza nunca perde a esperança”: palavras de Bento XVI, ontem, 13 de Agosto, em Castelgandolfo, acolhendo um numeroso grupo de peregrinos de variados países, congregados em Audiência Geral.

Bento XVI, que regressou segunda-feira passada de Bressanone, no norte de Itália, onde passou duas semanas de repouso, começou por agradecer uma vez mais a todos os que ali o acolheram e contribuíram para que aquelas férias de montanha fossem “dias de serena distensão”, em que – disse – nunca deixou de recomendar ao Senhor quantos se confiam às suas orações. E muitos são – referiu o Papa – os que lhe escrevem expondo tantas diversas situações de vida, alegrias e projectos, mas também e sobretudo preocupações e problemas, familiares e de trabalho, com as próprias expectativas e esperanças, juntamente com as “angústias ligadas às incertezas que a humanidade está a viver neste momento”.

Na sua catequese em italiano, o Papa, ilustrando precisamente a força da oração como reserva de esperança e de serenidade, apontou o exemplo de dois santos que a liturgia recorda nestes dias: a alemã Teresa Benedita da Cruz (Edith Stein) e o polaco Maximiliano Kolbe, ambos vítimas da violência nazi no campo de concentração de Auschwitz, que caminharam conscientemente para a morte, rezando e oferecendo a própria vida, num exemplo heróico de fé e de esperança.

“Aparentemente, as suas existências poderiam ser consideradas uma derrota, mas é precisamente no seu martírio que resplandece o brilho do amor que vence as trevas do egoísmo e do ódio. A S. Maximiliano Kolbe atribuem-se as seguintes palavras, que teria pronunciado no pleno furor da perseguição nazista: O ódio não é uma força criativa: é-o somente o amor”.

Evocando as últimas palavras de S. Maximiliano Maria Kolbe – “Ave Maria” – invocação pronunciada no momento em que estendia o braço a quem o matava com uma injecção letal, observou ainda Bento XVI: “É comovente constatar como o recurso humilde e confiante a Maria é sempre nascente de coragem e de serenidade. Ao mesmo tempo que nos preparamos para celebrar a solenidade da Assunção – uma das ocorrências marianas mais caras à tradição cristã – renovemos a nossa entrega confiante àquela que do Céu vela sobre nós, em todo o momento, com amor materno. É isso o que na verdade nós dizemos na familiar oração da Ave Maria, pedindo-lhe que rogue por nós agora e na hora da nossa morte”.

Nas saudações em diferentes línguas aos grupos presentes, não faltou uma em português, com uma referência expressa a peregrinos de Lisboa, da Universidade Católica Portuguesa.

in Rádio Vaticano

14.08.2008

 

 

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