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Camisolas da Juventus autografadas por Cristiano Ronaldo integram leilão beneficente do Vaticano

Duas camisolas da Juventus assinadas por aquele que é o seu jogador mais famoso, Cristiano Ronaldo, são dois dos artigos que integram o leilão apoiado pelo papa Francisco que o Vaticano está a realizar, em iniciativa coorganizada por organismos dependentes do Conselho Pontifício da Cultura.

A iniciativa beneficente “We run together”, empreendida pela equipa de atletismo do Vaticano, “Athletica Vaticana”, a que se associa o Átrio dos Gentios, plataforma da Igreja católica para o diálogo entre crentes e não crentes, entre outras entidades, visa apoiar pessoal sanitário dos hospitais de Bréscia e Bérgamo, duas das cidades italianas mais atingidas pelo Covid-19.

O conjunto de ofertas recolhido nesta inédita “corrida de solidariedade” inclui objetos doados ao papa por desportistas, alguns conhecidos mundialmente, bem como experiências com campeões olímpicos medalhados.

Ronaldo volta a "participar" nesta ação com outra camisola, preparada para ele - e por isso não disponível no circuito comercial - para o jogo Valência-Real de Madrid (2011/12), que se distingue pela cor vermelha, equipamento alternativo dos "Merengues".

Do "arquirrival" Messi comparece a camisola do Barcelona, também do equipamento alternativo, que utilizou em jogo realizado contra o Atlético de Madrid (2017/18), e a da partida disputada com o Borussia Dortmund, para a Liga dos Campeões (2019/20).



«Partiremos precisamente com um objeto que o papa, algo surpreendentemente, decidiu oferecer-nos. Francisco ofereceu-nos a bicicleta personalizada com as cores da Santa Sé e da Argentina que tinha recebido do campeão do mundo de ciclismo Peter Sagan»



A 20 de maio, o papa recebeu uma pequena representação dos atletas que deveriam ter participado na corrida “We run together”, suspensa devido às medidas de salvaguarda da saúde pública (cf., abaixo, artigos relacionados). No encontro, Francisco mostrou grande interesse na iniciativa da “sua” equipa de atletismo.

«Quando se fala de desporto, é importante remontar sempre à sua génese. A atividade desportiva reflete, hoje, as degenerações da pessoa humana e da sociedade: pensemos na violência nos estádios, no racismo, no fenómeno do doping ou nos excessos económicos e na corrupção que dominam sobretudo no mundo do futebol, que é o desporto mais popular», referiu o presidente do Conselho Pontifício da Cultura.

O cardeal Gianfranco Ravasi sublinhou que, apesar deste atual panorama sombrio, «o desporto nasceu como um ato gratuito, e é, de certa maneira, semelhante à arte: estamos sempre, com efeito, no âmbito do jogo, e este é sempre algo que se realiza de maneira livre e criativa, não por interesse».

«Por isso, efetivamente, o desporto deveria ser, em certo sentido, quase como que a expressão da criatividade da pessoa, e portanto um fenómeno cultural de base», e é também por isso que se diz que «o desporto deveria ser como a música: uma espécie de esperanto universal, uma linguagem universal», destacou.

A presença, na audiência de maio com o papa, de atletas que não só não são campeões, como, à primeira vista, não se enquadram nos padrões competitivos, pretendeu acentuar que «o desporto autêntico é um fenómeno antropológico, isto é, humano, radical, que pode ser declinado em formas diferentes por todos, não só pelo desportista profissional».



Além de itens ligados ao futebol, como camisolas usadas ou autografadas por Pelé, Ibrahimovic, Salah, Guardiola (quando ainda jogava), Totti, Batistuta, Sergio Ramos, Donadoni, Nedved, Del Piero, Bechkam, Kaká, Rooney, Diego Costa, o leilão inclui itens relacionados com muitos desportistas de outras modalidades



«Partiremos precisamente com um objeto que o papa, algo surpreendentemente, decidiu oferecer-nos. Francisco ofereceu-nos a bicicleta personalizada com as cores da Santa Sé e da Argentina que tinha recebido do campeão do mundo de ciclismo Peter Sagan», afirmou o cardeal Ravasi.

«Mas depois o papa doou ainda outros objetos, porque quer participar idealmente nesta corrida, e por isso a cada dez dias será colocado em leilão um objeto especial doado por ele. Mas depois há todas as outras dádivas que serão oferecidas por um número enorme de atletas que puseram à disposição os seus símbolos, as suas divisas ou equipamentos», explicou.

A possibilidade de navegar numa embarcação profissional de vela, treinar com atletas medalhados nas Olimpíadas, ou partilhar uma refeição com eles, são algumas das experiências que vão a leilão. «São ocasiões de encontro com grandes campeões do desporto que se podem “ganhar”, em síntese, com uma oferta de solidariedade.»

Além de itens ligados ao futebol, como camisolas usadas ou autografadas por Pelé, Ibrahimovic, Salah, Guardiola (quando ainda jogava), Totti, Batistuta, Sergio Ramos, Donadoni, Nedved, Del Piero, Bechkam, Kaká, Rooney, Diego Costa, o leilão inclui itens relacionados com muitos desportistas de outras modalidades (Djokovic, ténis; Mayweather, boxe), assim como com o mundo da cultura: por exemplo, uma guitarra autografada por Noel Gallagher, da banda Oasis.


 

Rui Jorge Martins
Fonte: Fabio Colagrande/L'Osservatore Romano
Publicado em 04.06.2020 | Atualizado em 07.10.2023

 

 

 
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