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Documentário

A gruta dos sonhos perdidos

Em 1994, o mundo espantou-se com uma impressionante descoberta na gruta de Chauvet. Três espeleólogos, explorando uma das muitas fendas da concorrida região de Ardèche, no Sul de França, encontram um assinalável conjunto de restos fossilizados de animais. Além destes achados, que incluem espécies há muito extintas, deparam-se com paredes decoradas com pinturas rupestres.

Na descoberta surpreende o ótimo estado de conservação dos objetos e representações, o que Jean-Marie Chauvet, Christian Hillaire e Eliette Brunel-Deschamps atribuem não só à morfologia incaracterística da caverna – muito longa – mas sobretudo ao facto de um aluimento de terras ter coberto a sua entrada. O interior ficaria assim menos exposto à degradação dos vestígios que terão entre 25 e 32 mil anos.

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É assim que as já tão famosas e visitadas grutas de Altamira e Lascaux ganham uma parceira de peso e perdem alguma primazia nas atenções culturais e turísticas, com os seus milhares de anos a menos que a recém-descoberta Chauvet.

Com mais de meio século de carreira, o inconformista cineasta Werner Herzog, que concebe os seus filmes desde a ideia inicial ao trabalho final na sua produtora, tem dedicado parte da sua energia à valorização do património, seja ele natural, material ou imaterial. Eis um novo caso.

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Herzog, nascido na Alemanha em 1942, tem dado prioridade nos últimos anos ao registo documental, com uma latente preocupação ambiental.

Num tempo em que tantas vozes na esfera cultural pensam e promovem de forma particular a valorização do património material e imaterial, com a procura de novas dinâmicas e olhares sobre a sua preservação e fruição, eis um contributo do campo cinematográfico que nos pode levar para lá do achado histórico fundamental e do documentário esteticamente valioso, a aprofundar a nossa perspetiva e contributo naquela matéria.

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O documentário, com 90 minutos, estreia esta quinta-feira.

 

 

 

Margarida Ataíde
Grupo de Cinema do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura
© SNPC | 03.01.12

Cartaz

 

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