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Cultura é essencial na crise

O diretor do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura considera que a cultura emerge como elemento fundamental na época de crise que Portugal está a viver.

«A cultura não é uma questão de dinheiro, mas dos valores e do núcleo estruturante daquilo que somos», frisou o padre José Tolentino Mendonça em declarações à Rádio Vaticano.

«Precisamente porque a época é de crise e dificuldades enormíssimas, precisamos de lembrar uns aos outros aquilo que é essencial. E a cultura ajuda-nos a descobrir o que é o mais importante», salientou.

O responsável reconhece que o discurso «vigoroso e inspirador» proferido pelo papa Bento XVI a 12 de maio de 2010 no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, «trouxe um ânimo novo à Pastoral da Cultura em Portugal».

«A frase final com que ele acabou o seu discurso – “fazei coisas belas mas sobretudo transformai as vossas vidas em lugares de beleza” – é um desafio que cada um traz no seu coração como uma espécie de emblema e caminho.»

O poeta e biblista defende que «a cultura tem de ser não só um lugar esporádico da beleza, mas sobretudo um lugar onde a vida das mulheres e dos homens se torna a obra-prima e o lugar da afirmação do sentido e da epifania de Deus».

Referindo-se ao festival de cinema Festroia, que decorre em Setúbal entre 3 e 12 de junho, o responsável recorda que o certame «tem uma ligação histórica com a Igreja Católica».

«Alguns dos seus fundadores vinham da militância católica, que era também cultural», assinalou, lembrando que «em Portugal houve pessoas que tiveram uma paixão enorme pela divulgação, debate e exibição do melhor cinema, geração essa que está na origem do Festroia».

«Depois de se ter achado que o cinema ia morrer, hoje assistimos ao renascimento do interesse e ao aumento dos públicos, pelo menos em Portugal. O cinema tornou-se um espelho muito grande para perceber a condição humana e a cultura do nosso tempo, ao mesmo tempo que é um lugar muito especial, uma espécie de observatório, para traduzir os grandes valores éticos e da procura espiritual», afirmou.

A Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais está a «tentar renovar a presença da Igreja no mundo do cinema», prestando «uma atenção muito grande às iniciativas que existem em Portugal», nomeadamente com a «presença em festivais de cinema e através do diálogo com criadores».

Por outro lado, a Comissão «acompanha e sinaliza o melhor que se pode ver, valorizando a crítica cinematográfica, que durante anos esteve ausente», prioridade que a Igreja vê como um “serviço” para «ajudar a fazer uma interpretação de alguns dos mais importantes filmes».

Os secretariados nacionais da Pastoral da Cultura e das Comunicações Sociais da Igreja marcam presença desde há dois anos no IndieLisboa, festival internacional de cinema independente, e publicam semanalmente críticas sobre obras da Sétima Arte.

 

Rádio Vaticano / Rui Martins
© SNPC | 11.06.11

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