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Cinema

O discurso do rei

É um dos mais fortes candidatos aos cobiçadíssimos e popularíssimos Óscares. Cresce, por isso, a olhos vistos, a expectativa sobre o filme que evoca o mais importante discurso de Jorge VI, rei de Inglaterra: a primeira vez que o monarca se dirigiu ao povo britânico desde que foi declarada a guerra entre o Reino Unido e a Alemanha. O primeiro, e esse sim é o tema do filme, em que Albert pouco ou nada tartamudeou.

Sofrendo de uma gaguez crónica desde a infância, o Príncipe Albert de Inglaterra, filho segundo de Jorge V e Mary, Princesa de Teck, cresceu habituado ora à troça ora ao desprezo dos seus pares e superiores, sobretudo quando comparado com o seu irmão mais velho, David, número um na linha de sucessão do trono britânico.

O filme acompanha a sua história quando, já casado, a sua mulher decide procurar mais um terapeuta da fala para “Bertie”. Desta vez, um australiano praticamente incógnito, sem credenciais nem hábitos de reverência que só aceita acompanhar os seus pacientes no seu próprio consultório, mediante garantias de absoluta “paridade” e “confiança”.

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Não é fácil imaginar que Sua Majestade se disponha a deslocar todos os dias a um esconso consultório numa zona menos simpática de Londres para se entregar nas mãos de um desconhecido que o trata por “Bertie” e o submete a uma ginástica inimaginável... mas é o que acontece neste filme que começa no texto de David Seidler e acaba na realização de Tom Hooper, dois profissionais da televisão que talvez tenham visto chegar a sua grande oportunidade num ano particularmente agitado nas águas da indústria e da criação cinematográfica americana. O ano em que os argumentistas protestaram, como nunca, contra os limites impostos ao direito de autor, de originalidade e criatividade pela ganância e despotismo dos grandes produtores. O ano em que, estando estes em greve, as produtoras tiveram que encontrar alternativas para os seus filmes.

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Venha de onde for o sentido de oportunidade desta equipa, a verdade é que “O Discurso do Rei” é uma charmosa obra cinematográfica que combina verdade histórica com uma inofensiva dose de ficção. Simples, realizada e montada a preceito, consegue oferecer-nos um simpático jogo humano e quase de palco entre um “homem comum”, Geoffrey Rush – e um monarca solitário e incompreendido – Collin Firth -, ambos bem apoiados por Helena Bonham Carter, no papel da que carinhosamente conhecemos como “A Rainha Mãe”.

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Margarida Ataíde
© SNPC | 16.02.11

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