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Igreja Católica

Sínodo dos Bispos para o Médio Oriente: uma assembleia igual às outras mas totalmente diferente

Em traços gerais, um Sínodo dos Bispos em Roma não se diferencia dos demais: os mesmos procedimentos, as mesmas estruturas e, frequentemente, os mesmos rostos e as mesmas questões. Mas as características do Sínodo para o Médio Oriente, que decorre entre 10 e 24 de outubro, são únicas.

Dos 185 bispos que participam no encontro, num total de cerca de 270 pessoas, 140 vêm das 22 Igrejas Católicas orientais unidas a Roma, o que significa que apenas 45 representam o Rito Latino. Na maior parte dos sínodos, a presença do episcopado oriental é mínima.

A região que abrange Arábia Saudita, Bahrein, Chipre, Egipto, Emiratos Árabes Unidos, Jordânia, Iémen, Irão, Iraque, Israel, Kuwait, Líbano, Omã, Qatar, Síria, Territórios Palestinianos e Turquia tem aproximadamente 356.174.000 habitantes, dos quais 5.707.000 são católicos (1,6 % da população). A presença total de cristãos, constituída sobretudo por ortodoxos, é estimada em 20 milhões (5,6 % do total).

FotoReuters

O encontro marca a primeira vez que todos os bispos do Médio Oriente se vão encontrar, em grupo, com o Papa. O sínodo será também caracterizado pela brevidade: 14 dias, e não um mês, como era norma com João Paulo II, ou mesmo três semanas, duração que começou a ser habitual com Bento XVI.

FotoReuters

Pela primeira vez o árabe será a língua de trabalho do Sínodo dos Bispos, refletindo o facto de se tratar do idioma mais falado pelos cristãos da região. No Sínodo realizado no Líbano, em 1995, a língua oficial foi o francês.

FotoReuters

Também pela primeira vez o Papa nomeou dois presidentes “honorários” do sínodo: o cardeal Nasrallah Sfeir, de 90 anos, Patriarca dos Maronitas, e o cardeal Emmanuel III Delly, de 83 anos, Patriarca dos Caldeus no Iraque.

FotoReuters

No passado, os Sínodos dos Bispos consistiam em trabalhos intra-católicos, ainda que com a presença de delegados de outras igrejas cristãs, a título de observadores. Bento XVI renovou este modelo em 2008, quando pela primeira vez convidou um rabi judeu para dirigir uma alocução aos prelados a propósito da Bíblia, tema daquela assembleia.

FotoGetty Images

Desta vez, os participantes do Sínodo para o Médio Oriente vão não só escutar as palavras de um líder judaico mas também de representantes dos ramos sunitas e shiita do Islão. Cerca de 80 % dos muçulmanos espalhados pelo mundo são sunitas, mas a população shiita está fortemente concentrada no Médio Oriente, especialmente na região do Golfo Pérsico, em particular no Irão.

FotoGetty Images

 

FotoGetty Images

 

FotoGetty Images

 

FotoGetty Images

 

John L. Allen Jr.
In National Catholic Reporter
Trad.: rm
Fotografia: Abertura do Sínodo dos Bispos para o Médio Oriente (Vaticano, 10.10.2010)
© SNPC (trad.)| 10.10.10

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