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Cinema: “Deus não está morto”

Imagem Póster (det.) | D.R.

Cinema: “Deus não está morto”

As palavras “Deus não está morto” descrevem perfeitamente as premissas deste filme, que tem por objetivo provar não apenas a existência de um ser superior, mas que esse ser age na vida dos crentes e dos não-crentes, de modo a aproximá-los dele.

O filme segue a história do estudante Josh Wheaton, interpretado por Shane Harper, que frequenta um curso de filosofia ministrado pelo senhor Radisson (Kevin Sorbo), ateísta convicto, à imagem dos conteúdos curriculares que ensina.

Radisson pede aos alunos, logo no primeiro dia, para assinarem um papel onde se lê que Deus está morto. Wheaton recusa e o docente pede-lhe para defender a sua declaração. À medida que o filme avança, Wheaton defende Deus diante de todos os alunos, recorrendo à ciência e ao pensamento cristão para apoiar a sua convicção de que Deus não está morto.

As refutações do professor são fortes, mas terminam na revelação da verdadeira razão pela qual ele detesta a fé e Deus.

O filme não é apenas um diálogo entre Radisson e Wheaton. Os estudantes que assinam o papel no início do curso simbolizam uma geração que perdeu a capacidade de pensar criticamente. Eles aceitam cegamente a retórica do professor, por causa do seu estatuto, sugerindo um paralelismo face aos cristãos enganados pelas doutrinas de alguns pregadores.

A demonstração do senhor Radisson no início do filme manifesta um orgulho que choca quem quer que tenha alguma réstia de humildade. Um professor ateísta não seria capaz de defender o seu ponto de vista sem recurso à intimidação? Evidentemente, a personagem de Radissson não representa todos os ateus nem todos os não crentes, que não são tiranos. Esta perspetiva maniqueia do filme é de deplorar.

“Deus não está morto” mostra o caminho de fé de várias pessoas: Mark (Dean Cain), homem de negócios egoísta que recebe uma mensagem divina através da sua mãe, atingida pela demência; Mina (Cory Oliver), a namorada cristã de Radisson, que o deixa por causa da maneira como ela a trata, devido à sua fé; Ayisha (Hadeel Sittu), cristã que finge ser muçulmana diante do seu pai muçulmano. Todas as histórias servem para mostrar a maneira como Deus trabalha na vida de crentes e não-crentes.

Estamos perante um filme sólido para cristãos que procuram um encorajamento em ambientes hostis e laicos, como as universidades ou o local de trabalho. Kevin Sorbo fez um trabalho notável com a sua interpretação de Radisson, e os outros papéis são bons, tendo em conta que se trata de um filme independente cristão. Todavia, há algumas cenas inúteis, como os problemas no automóvel do reverendo Dave – é banal, até “kitsch” o realizador utilizar a intervenção de Deus para o carro voltar a pegar.

No conjunto, “Deus não está morto” é definitivamente um filme a ver por crentes, e poderá mesmo agradar a pessoas céticas à procura de respostas. O fim é algo chocante, o que confere uma dimensão autêntica. Os autores poderiam ter seguido a via da facilidade optando por um “happy end”, do género «viveram felizes para sempre», o que não seria realista e definitivamente não bíblico.

O filme estará em exibição entre quinta-feira e 25 de novembro, com sessões diárias às 19h00 nos seguintes cinemas: City Alvalade, City Leiria, City Setúbal, NOS Braga, Castello Lopes – Forum Sintra e Castello Lopes – Espaço Guimarães. Em Cascais, no CascaisVilla Shopping Center, a exibição decorre às 14h30 e 19h20.

 




 

In "InfoChrétienne"
Trad. / edição: Rui Jorge Martins
Publicado em 18.11.2015

 

Título: Deus não está morto
Realizador: Harold Cronk
Intérpretes: Shane Harper, Kevin Sorbo, David A.R. White
Origem, ano: EUA, 2014
Género: Drama
Classificação etária: M/12
Duração: 113 min.
Estreia em Portugal: 19.11.2015

 

 
Imagem Póster | D.R.
“Deus não está morto” mostra o caminho de fé de várias pessoas. Todas as histórias servem para mostrar a maneira como Deus trabalha na vida de crentes e não-crentes
No conjunto, “Deus não está morto” é definitivamente um filme a ver por crentes, e poderá mesmo agradar a pessoas céticas à procura de respostas. O fim é algo chocante, o que confere uma dimensão autêntica
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