Bíblia, cultura e unidade dos cristãos
A cultura é, por natureza, um grande laboratório da experiência ecuménica; por um lado há a valorização da singularização, mas por outro há a alegria e a necessidade de gerar convergências e encontros.
Nesse sentido a cultura é também uma escola de diálogo, aproximação, alteridade, descoberta apaixonada do outro e tentativa de construção de um caminho comum.
Todas as iniciativas que possam aproximar culturalmente são muito bem vindas. Em certos níveis talvez seja ainda difícil colocar um cristão ortodoxo e um cristão católico mas a música une-nos; a pintura dos ícones une-nos.
A cultura gera um património que, sendo muito singular e autêntico, é também um lugar para a transcendência das nossas fronteiras e para a consideração amigável daquilo que é o mais importante e que nos une.
A Bíblia é, sem dúvida, a casa comum dos cristãos das várias confissões. Não é por acaso que em torno à reivindicação da Bíblia muitas das confissões cristãs se estruturaram.
Se no plano histórico das suas leituras a Bíblia serviu e serve para afirmar diferenças, sem dúvida que é nela que encontramos a força e o horizonte da verdadeira unidade.
José Tolentino Mendonça
Redação: Rui Jorge Martins
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23.01.14
Criação comum: meditação do Irmão Roger, fundador da comunidade ecuménica de Taizé
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