Porto
Casa da Música acolhe obras da tradição cristã
As primeiras semanas do outono na Casa da Música, no Porto, vão ser pautadas por obras de inspiração cristã, a começar este domingo, 30 de setembro.
«A minha pesquisa pessoal da Música Antiga portuguesa tem prosseguido e levou-me até compositores pouco interpretados e cuja música considero muito atrativa. Este concerto apresenta música sacra das Matinas e das Vésperas, maioritariamente reunida a partir de manuscritos de Coimbra», escreve Paul Hillier, diretor musical do Coro da Casa da Música.
Magnificat, de Luis Moran, Kyrie & Gloria; Credo; Sanctus & Benedictus; Agnus, de Pedro do Porto, Três Responsórios: Hode Christus caelorum; Quem vidistis pastores; O magnum mysterium, de Duarte Lobo, e Virgo prudentíssima; Dois Responsórios: Beata víscera; O magnum mysterium; Te Deum, de Pedro de Cristo, compõem o programa marcado para as 18h00.
A 28 de outubro, à mesma hora, vão ouvir-se “Cantos Eternos”, integrados no Festival À Volta do Barroco, que neste programa «encontra a sua mais refinada expressão».
António Amen
«Música coral sacra escrita desde o período Medieval até aos nossos dias e que encontrou momentos áureos no Renascimento e no Barroco é apresentada num caleidoscópio temporal que deixa transparecer influências e paralelismos de uma forma, por vezes, surpreendente», lê-se no site da Casa da Música.
Veni creator spiritus (Canto gregoriano), O nata lux (Thomas Tallis), O natal lux (Morten Lauridsen), Come holy ghost (Jonathan Harvey), Prelúdio e Fuga sobre um tema de Vitória (órgão) (Benjamin Britten), O magnum mysterium (Tomás Luís de Vitória), Jehova quam multi (Henry Purcell) e Rejoice in the lamb (Benjamim Britten) serão interpretados pelo Coro da Casa da Música.
A Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música e o coro da instituição propõem às 18h00 de 3 de novembro “Libera Me”: «Compositores da mesma geração ilustram as principais correntes estilísticas em voga na Europa no início do século XIX».
Daniela Teixeira
«Beethoven afirmava-se como o compositor da vanguarda musical do seu tempo, criando obras que abriram novos rumos a todas as gerações seguintes. As suas peças em programa foram escritas quando os compositores Marcos Portugal e João Domingos Bomtempo já haviam firmado créditos na Europa.»
O Libera-me de Bomtempo, que «permanece como uma das grandes obras sacras escritas na primeira metade do século XIX», é acompanhado de peças de Beethoven (Abertura Coriolano e Sinfonia n.º 2) e Marcos Portugal (Abertura Il Duca di Foix ).
A 11 de novembro o Ensemble Gilles Binchois, especialista na interpretação desde o período Medieval ao Barroco, apresenta “Virgo Mater", composto por reportórios dedicados à Virgem, em torno de Perotin e da Escola de Notre-Dame de Paris na passagem do século XII para o XIII.
O concerto enquadra-se no programa que tem a França como país tema da Casa da Música em 2012.
Rui Jorge Martins
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24.09.12
Casa da Música