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Cinema

"É o Amor", de João Canijo, é a primeira longa do júri da Igreja Católica no IndieLisboa

"É o Amor", o novo trabalho do realizador português João Canijo, é a primeira longa-metragem que vai ser vista pelo júri da Igreja Católica que atribui o Prémio Árvore da Vida no IndieLisboa, festival internacional de cinema que decorre até 28 de abril.

«A mulher das Caxinas é um modelo da portuguesa moderna. Esta afirmação contradiz a imagem tradicional de uma peixeira enlutada do Norte de Portugal. Mas foi isso o que descobrimos durante a investigação para este filme. E foi isso que nos encantou. A força romântica e vital daquelas mulheres, capazes de amar e lutar pela vida - delas e dos maridos -, fez com que se lhes dedicasse um filme. E este filme é sobre duas mulheres que têm duas maneiras muito diferentes de corresponder à confiança que lhes é dada e pedida. Porque, para além do retrato das mulheres das Caxinas, este é um filme sobre uma amizade que nasce entre duas mulheres muito diferentes: a mestra Sónia e a atriz Anabela. Sónia é a mestra escolhida para protagonizar o filme, Anabela é a atriz que se infiltra no seu meio para descobrir uma personagem das Caxinas», escreve o realizador. 

O filme de 135 minutos conclui, esta sexta-feira, o primeiro dia da participação do júri católico na 10.ª edição do IndieLisboa, após a exibição de quatro curtas metragens, a começar por "Dive: approach an exit", de Sandro Aguilar, que sintetiza o seu trabalho nesta frase: «Antes da investida é preciso sentir o peso do corpo».

«É preciso olhar para dentro dos olhos cansados de quem espera um dia poder comunicar. Mãe e filha não o sabem fazer. Se calhar o cão pode ajudar, mas não, se calhar também não. André Santos e Marco Leão são vozes novas no panorama nacional e procuram a narrativa para afirmar a sua cinematografia, não descurando porém um lado formal e estético muito apurado»: esta é a apresentação de "Má Raça", de André Santos e Marco Leão, o segundo dos filmes que o júri vai hoje assistir.

"Sizígia", de Luís Urbano, «tem como ator principal o complexo das piscinas das marés, desenhadas por Siza Vieira, em Leça da Palmeira», escreve a organização do IndieLisboa. «Mais do que um registo sobre uma obra de arquitetura, é um filme que explora os conceitos de espaço e som. Um filme sobre um lugar e as suas entranhas, construído com a solidez de planos rigorosos.»

A última das curtas do primeiro dia do júri Árvore da Vida é "O Facínora", de Paulo Abreu: «Um padre tenta lutar contra as tentações do amor não correspondido de uma mulher comprometida. Tenta a razão, a fé, a magia e, por fim, a vilania, aterrorizando a cidade. Além de ser uma homenagem ao cinema mudo, "O Facínora" recupera o filme perdido de Conrad Wilhelm Meyersick, um engenheiro e cineasta alemão que filmou a história em 1920, de visita a Guimarães».

A Igreja Católica participa pelo quarto ano consecutivo no IndieLisboa, festival internacional de cinema que se realiza de 18 a 28 de abril, atribuindo o Prémio Árvore da Vida a uma ou mais obras da secção "Competição Nacional".

A distinção, no valor de dois mil euros, resulta de uma parceria entre os secretariados nacionais da Pastoral da Cultura e das Comunicações Sociais que se mantém desde 2010.

O júri, composto por Inês Gil, professora universitária de Cinema, Margarida Ataíde, crítica de Sétima Arte, e Rui Jorge Martins, do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura e Agência Ecclesia, vai avaliar 16 curtas e seis longas metragens, contemplando géneros que podem ir da ficção ao documentário, passando pela animação.

 

Rui Jorge Martins
© SNPC | 19.04.13

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