Impressão digital
Paisagens
Pedras angulares A teologia visual da belezaQuem somosIgreja e CulturaPastoral da Cultura em movimentoImpressão digitalVemos, ouvimos e lemosPerspetivasConcílio Vaticano II - 50 anosPapa FranciscoBrevesAgenda VídeosLigaçõesArquivo

Perfil

Hans Urs von Balthasar: uma teologia polifónica

Hans Urs von Balthasar é sem dúvida um teólogo colossal do século XX, que também escreveu sobre música, literatura e filosofia.

Nasce, de uma família católica, em Lucerna, na Suíça, em 12 de agosto de 1905. Seu pai Óscar é um arquiteto de prestígio e sua mãe Gabriela Pietzker era uma ativista do movimento feminino católico. Cedo o menino Hans mostra ser dotado, pois aos 4 anos já aprende francês e aos 7 já se senta ao piano. O jovem Balthasar é um pianista virtuoso e toca Schubert, Tchaikovsky, Mozart que comenta em Spiritus Creator. Gosta também de Wagner sobre o qual escreve, de Bach ao qual também dedica páginas, Strauss e Mahler.

Em 1917 frequenta em Engelberg um colégio anexo à antiga abadia beneditina. Mas em 1920 muda-se para o colégio dos jesuítas em Feldkirch, onde Karl Rahner também havia estudado. Em 1923 termina o ensino secundário e inscreve-se na Universidade de Viena, contrariamente ao que pensavam os seus pais, não para estudar piano mas literatura. Entre os seus autores favoritos estão Dante, sobre o qual escreve, e Goethe. Ao estudar literatura, estuda também filosofia, sânscrito e indo-germanismo. Conhece Rudolf Allers que incute no jovem estudante de germânicas o gosto pela teologia.

Em 1927 muda-se para Berlim, onde conhece Romano Guardini, que exerce sobre ele uma influência decisiva. Termina os seus estudos em Zurique com uma tese sobre o problema escatológico na literatura alemã. Nesse ano faz exercícios espirituais no verão. Em 1929 entra para o noviciado da Companhia de Jesus, e em 1933, depois de estudar filosofia, é enviado para Lyon, com o propósito de aprofundar a teologia. É nesta cidade que conhece Henri de Lubac - viviam sobre o mesmo teto - com quem fundará a revista Communio. Deste tempo von Balthasar, na entrevista que dá ao cardeal Angelo Scola, relembra que enquanto os companheiros jogavam futebol, ele, juntamente com Daniélou, Bouillard e outros, liam Orígenes, Gregório de Nisa e Máximo. Nestes anos descobre também os grandes poetas franceses como Claudel, Péguy, ao qual dedica páginas, e Bernanos, sobre o qual escreve um grosso volume.

A cultura humanista e teológica de von Balthasar é única e profunda. Torna-se um teólogo incontornável. Em 26 de julho de 1936 é ordenado sacerdote. Em 1939 é enviado para Basileia, na Suiça, e no ano de 1940 conhece a mística Adrienne von Speyr, bem como Karl Barth, com o qual estabelece amizade e frequenta a casa, onde vai ouvir Mozart, pois une os dois teólogos este amor comum.

Em 1950 deixa a Companhia de Jesus, sofrendo um período de isolamento, e não participa no Concílio Vaticano II (1962-1965).

Hans Urs von Balthasar, o teólogo helvético, que disse que «ser cristão até ao fundo, significa ser também ser humano até ao fundo», morre em Basileia a 26 de junho de 1988, deixando uma obra teológica colossal: a trilogia Glória (7 vols.), Teodramática (5 vols), Teológica (2 vols.), e ainda mais de 80 obras.

 

L. Oliveira Marques
© SNPC | 25.06.13

Foto

 

Ligações e contactos

 

 

Página anteriorTopo da página

 


 

Receba por e-mail as novidades do site da Pastoral da Cultura


Siga-nos no Facebook

 


 

 


 

 

Secções do site


 

Procurar e encontrar


 

 

Página anteriorTopo da página