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Filosofia contemporânea

Henri Bergson: O riso da Filosofia

Henri Bergson, pensador e escritor maior das letras francesas, marcará a muitos em França (Jacques Maritain, Étienne Gilson, Jean Guitton), mas também na pátria lusa terá influência sobre figuras tão eminentes como o Cardeal Cerejeira.

Na obra “A Filosofia de Bergson”, escreve Leonardo Coimbra: «A metafísica bergsonista, a sua metafísica integral, é hoje a metafísica de uma realidade criação de almas, trazendo consigo como exigência implícita a matéria e a vida, que acompanhando essas almas, lhe fizeram condições de mérito no esforço, de crescimento na invenção, de heroísmo no amor, capazes para darem às almas o alimento espiritual de uma nova vida, a vida religiosa, com exigências e promessas de infinito e eternidade».

Henri Louis Bergson é o segundo de sete irmãos. Nasce no dia 18 de outubro de 1859, em Paris, no seio de uma família judaica, sendo que seu pai, Michael Bergson, é polaco, professor no Conservatório, e a mãe Katherine Levison, inglesa.

Bergson é educado nas exigências e práticas do judaísmo. Os primeiros anos são vividos em Londres, mas em 1868 volta a França para frequentar o Liceu Concorcet, onde foi aluno brilhante, distinguindo-se em latim e grego.

Terminados os estudos de Retórica, inicia-se no aprofundamento da Filosofia. Embora dotado para as ciências exatas, como ilustra o prémio recebido em 1877 pela solução de um problema levantado por Pascal e cuja solução seria publicada em 1888 no “Annales Matematiques”, o jovem Bergson vai estudar Filosofia na Escola Normal Superior. Durante estes anos tem como colegas Durkheim, o futuro Cardeal Baudrillard e Jaurés.

Imagem Jacques Émile Blanche (estudo)

Bergson termina a licenciatura em 1881 e ao mesmo tempo prepara a agregação como professor. Inicia a sua docência no outono de 1881 no liceu masculino de Angers, mudando-se em 1883 para o liceu Blaise Pascal de Clermont-Ferrand. Em 1888 obtém o doutoramento pela Universidade de Paris com a tese “Ensaios sobre os dados imediatos da consciência”. Casa-se em 1892 com Louise Neuberger, prima do escritor francês Marcel Proust, continuando a sua produção literária.

No ano de 1896 escreve “Matéria eMemória.” Com esta obra abre-se a docência universitária. Em 1898 é nomeado mestre de conferências na Escola Normal Superior, onde Péguy foi seu ouvinte, e em 1900 torna-se professor do Collége de France como docente de Filosofia Clássica. Nesta altura escreve o ensaio “O Riso”. Em 1903 publica “Introdução à Metafísica”e em 1907 lança a sua obra maior, “Evolução Criadora”, com a qual se torna conhecido. O grande pensador francês torna-se membro da Academia Francesa em 1914 e em 1928 recebe o Prémio Nobel da Literatura.

Henri Louis Bergson foi um homem preocupado com a fé e com a sua inteligência, assim escreve o seu último livro “As Duas Fontes da Moral e da Religião”, publicado em 1932. Nessa época aproxima-se do catolicismo mas não se converte, como refere o seu testamento, de 1937: «As minhas reflexões levaram-me cada vez mais perto do Catolicismo, onde vejo o acabamento completo do Judaísmo. Ter-me-ia convertido, se não tivesse visto preparar-se desde há anos (…) a formidável vaga de antissemitismo que vai desabar sobre o mundo. Quis ficar entre os que serão amanhã perseguidos».

Morre a 3 de janeiro de 1941, aos 81 anos, em Paris, antes de terminar a 2.ª guerra mundial.

 

L. Oliveira Marques
© SNPC | 22.02.11

Henri Bergson

 

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