Não se pode transmitir a fé com cara de enterro, diz papa
O papa afirmou hoje que a transmissão da fé não pode ser feita com cara de enterro, mas com um contentamento genuíno e profundo.
«Nós, cristãos, não estamos muito habituados a falar de alegria», disse Francisco na missa a que presidiu no Vaticano, revela o portal de notícias da Santa Sé.
Depois de apontar que «muitas vezes» os cristãos têm mais gosto no lamento do que no contentamento, o papa salientou que «sem alegria» os crentes não podem ser «livres» e tornam-se «escravos» da «tristeza».
O papa Paulo VI sublinhava que «não se pode levar adiante o Evangelho com cristãos tristes, abatidos» e «desencorajados», recordou Francisco.
«Muitas vezes os cristãos têm mais cara de que estão num cortejo fúnebre do que estão a louvar a Deus», assinalou.
O louvor a Deus, prosseguiu Francisco, concretiza-se «saindo de si próprio», «gratuitamente», como é gratuita a graça divina.
«Se não louvas Deus, não surge aquela gratuidade de perder o tempo louvando a Deus, e então a missa faz-se longa», apontou, antes de realçar que «a eternidade» será o louvor a Deus: «E isso não será fastidioso mas belíssimo».
As palavras de Francisco foram proferidas no dia em que os católicos evocam a visitação da Virgem Maria, grávida de Jesus, a Isabel, que apesar de idosa também se preparava para dar à luz João Batista.
No evangelho das missas do último dia de maio é proclamado o Magnificat, canto de ação de graças a Deus pronunciado por Maria, figura que para o papa constitui modelo de louvor para a Igreja.
Rui Jorge Martins
© SNPC |
31.05.13









