Vemos, ouvimos e lemos
Paisagens
Pedras angulares A teologia visual da belezaQuem somosIgreja e CulturaPastoral da Cultura em movimentoImpressão digitalVemos, ouvimos e lemosPerspetivasConcílio Vaticano II - 50 anosPapa FranciscoBrevesAgenda VídeosLigaçõesArquivo

Cinema

O clube de Dallas

Texas, 1985. Na sequência de um acidente que o obriga a internamento hospitalar, Ron Woodroof recebe a notícia de que é seropositivo, com um negro prognóstico de 30 dias de vida. Inicialmente incrédulo, o eletricista homofóbico acaba por aceitar a dolorosa notícia e decide não se deixar derrotar.

Submetido ao tratamento com Azidotimidina (AZT), um antiretroviral experimental, conhece um médico que lhe fornece uma alternativa menos tóxica, não aprovada no entanto nos Estados Unidos. Enquanto verifica os seus benefícios, aproxima-se de uma comunidade homossexual que até então lhe era totalmente alheia.

Em breve, decide divulgar e vender em segredo estes produtos, tendo por principal apoio um travesti viciado em drogas e por cliente a comunidade gay de Dallas. Ao tomar conhecimento da droga, uma especialista em imunologia, Eve Saks, junta-se à causa e ao negócio, defendendo esta droga e enfrentando a oposição da classe médica e do meio farmacêutico que continua a dar prioridade ao AZT.

Fotograma

Adaptação ao cinema da história verídica de Ron Woodroof, "O Clube de Dallas" é a estreia do realizador canadiano Jean-Marc Vallée em ecrãs nacionais. Aclamado pela Associação de Críticos de Cinema de Toronto, Vallée viu o seu filme antecessor, "Café de Flore" premiado como melhor filme nacional.

Agora, chegou a vez dos Estados Unidos prestarem atenção ao seu trabalho, tendo premiado os desempenhos de Matthew McConaughey e Jared Leto com dois Globos de Ouro para, respetivamente, melhor ator principal e secundário na categoria Drama.

Fotograma

Retomando os temas da homossexualidade e da homofobia, Valléé combina-os em "O Clube de Dallas" com questões associadas ao poder e contrapoder da indústria farmacêutica, da investigação sobre o HIV e do recurso a medicinas alternativas.

Com fleuma, o filme resulta numa evocação sensível, forte e pouco sentimentalista de um homem que, à margem do seu contexto social, lutou pela sua vida e pela dos que até então considerava seus dissemelhantes, de quem se aproximou.

Fotograma

Numa fase ainda muito experimental de pesquisa sobre a SIDA, apostou na distribuição alternativa de fármacos, contrariando os poderes instituídos no tempo útil de vida que lhe era predito, ainda que sem o apoio da lei ou de estudos científicos capazes de o sustentar.

A evolução do protagonista em gentileza e humanidade, e a relação que estabelece com Rayon, o travesti, mesmo sem dispensar alguns lugares comuns e algum humor negro, são as mais-valias deste filme, que vinga também pelos desempenhos e pelos temas que dele brotam.

 

 

 

Margarida Ataíde
Grupo de Cinema do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura
In Agência Ecclesia | Com SNPC
17.01.14

Redes sociais, e-mail, imprimir

Cartaz

 

Ligações e contactos

 

Artigos relacionados

 

Página anteriorTopo da página

 


 

Receba por e-mail as novidades do site da Pastoral da Cultura


Siga-nos no Facebook

 


 

 


 

 

Secções do site


 

Procurar e encontrar


 

 

Página anteriorTopo da página