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Espiritualidade

A oração torna-nos mais conscientes do mundo

A oração não nos torna menos conscientes das circunstâncias da vida. Pelo contrário, torna-nos mais conscientes do que nunca. Porquê? Porque, agora, vemos o mundo como Deus o vê. Ouvimos chorar os pobres, como Deus os ouve. Já não estamos tão envolvidos em nós próprios, ficamos mais conscientes das necessidades dos outros, menos centrados em nós próprios.

Quando estamos verdadeiramente embrenhados na consciência de presença de Deus em nós, compreendemos que é próprio da natureza de Deus – que é Omnipresente – estar em todos como está em nós. Começamos a ver-nos cada vez mais como membros da comunidade humana, em vez de nos vermos como um indivíduo único e independente. Sabemos, agora, de um modo nunca antes entendido, que não somos um mundo à parte.

A acuidade do coração de Deus vem com a consciência da presença de Deus. Logo que Deus tome conta do nosso coração, não há ninguém – nenhum filho de Deus, em nenhuma tradição, em lado nenhum - que não tenha direito ao nosso coração, tal como tem direito ao coração de Deus. Tornamo-nos guardiães dos nossos irmãos, o melhor sustento das nossas irmãs. Os nossos corações e o coração de Deus começam a bater em uníssono por toda a raça humana.

Usar a religião, ou a oração ou a contemplação ou a procura de Deus, como desculpa para ignorar as necessidades do mundo é uma blasfémia. Nega o próprio Deus, a quem se propõe anunciar. Pratica a idolatria do eu e chama-lhe união com Deus. Torna a imersão na oração mais importante do que os frutos da oração. Esta confusão tão descarada faz, da própria oração, uma farsa.

Aqueles que procuram, verdadeiramente, a Deus tornam-se mais sensíveis ao resto do mundo, porque se tornam, no dia a dia, mais parecidos com o Deus que amam, com o Espírito que lhes dá energia. Eles levam consigo, para que todos vejam, as exortações do Deus que os impele a encontrar o Deus que vive neles e que, ao mesmo tempo, os tira para fora de si próprios.

 

Joan Chittister
In O sopro da vida interior, ed. Paulinas
08.06.13

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