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Papa entregou pela primeira vez prémio Ratzinger a teólogo ortodoxo

Papa entregou pela primeira vez prémio Ratzinger a teólogo ortodoxo

Imagem Bento XVI com os premiados | Outubro 2016 | D.R.

O papa Francisco entregou hoje pela primeira vez o prémio Ratzinger a um teólogo ortodoxo, o grego Ioannis Kourempeles, que no seu estudo tem investigado o pensamento de Bento XVI, depois de em 2014 a distinção ter sido atribuída, também de forma inédita, a uma mulher, a francesa Anne-Marie Pelletier.

«Uma maneira para exprimir mais uma vez convosco o nosso grande afeto e o nosso reconhecimento pelo papa emérito Bento XVI, que continua a acompanhar-nos também agora com a sua oração»: foi este o sentido que Francisco deu ao prémio entregue este sábado, no Vaticano, também ao padre italiano Inos Biffi.

A cerimónia realizou-se no fim do Simpósio Internacional "A Escatologia: análises e perspetivas", promovido pela Fundação Joseph Ratzinger-Benedetto XVI, instituição com sede no Vaticano.

«Sabemos que o tema da escatologia ocupou um lugar muito importante no trabalho teológico do professor Joseph Ratzinger, na sua atividade como prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé e por último também no seu magistério durante o pontificado», recordou Francisco.

Depois de mencionar «as profundas considerações sobre a vida eterna e sobre a esperança» de Bento XVI na sua encíclica "Spe salvi", Francisco salientou a união entre oração e estudo que tem marcado a vida do papa emérito.



O «fecundo» pensamento e ensinamento de Bento XVI «soube concentrar-se nas referências fundamentais» da vida cristã: «A pessoa de Jesus Cristo, a caridade, a esperança, a fé. E toda a Igreja lhe será para sempre grata».



«A profundidade do pensamento de Joseph Ratzinger, solidamente fundada na Escritura e nos Padres [da Igreja], e sempre alimentado de fé e oração, ajuda-nos a permanecer abertos ao horizonte da eternidade, dando assim sentido também às nossas esperanças e aos nossos compromissos humanos», afirmou.

O «fecundo» pensamento e ensinamento de Bento XVI «soube concentrar-se nas referências fundamentais» da vida cristã: «A pessoa de Jesus Cristo, a caridade, a esperança, a fé. E toda a Igreja lhe será para sempre grata».

Ioannis Kourempeles nasceu em Atenas no ano de 1965, sendo professor de História dos Dogmas e Teologia Dogmática e Simbólica na Faculdade de Teologia da Universidade Aristóteles, em Salónica.

A fundação reconhece «o valor da atividade teológica» da «carreira de investigação e ensino de Kourempeles, destacou o cardeal alemão Kurt Koch, presidente do Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos, que apresentou as personalidades distinguidas.

Em particular, foi registado com apreço a atenção dada pelo teólogo grego «ao pensamento de Joseph Ratzinger - Bento XVI e à sua grande riqueza patrística, demonstrando assim a sua fecundidade para a investigação teológica tanto no Oriente como no Ocidente», lê-se na página da fundação.



O objetivo da Fundação Joseph Ratzinger é promover a Teologia como serviço eclesial de reflexão sobre a fé, e o prémio, atribuído desde 2011, constitui um reconhecimento dos estudiosos que se evidenciaram na investigação científica de carácter teológico



Nascido em 1934, em Itália, monsenhor Inos Biffi, é professor emérito de Teologia Sistemática e de História da Teologia Medieval na Faculdade Teológica da Itália Setentrional.

Autor de centenas de livros e ensaios, bem como colaborador do jornal "L'Osservatore Romano", foi premiado por ocasião da publicação de toda a sua obra, até agora reunida em 20 volumes, estando outros em preparação.

A atribuição do prémio ao docente quis «reconhecer e assinalar à atenção dos estudiosos e da Igreja o valor de toda uma vida dedicada ao estudo da Teologia com resultados científicos de indiscutível importância», declarou Kurt Koch.

O objetivo da Fundação Joseph Ratzinger, presidida pelo padre jesuíta Federico Lombardi, anterior porta-voz da Santa Sé, é promover a Teologia como serviço eclesial de reflexão sobre a fé, e o prémio, atribuído desde 2011, constitui um reconhecimento dos estudiosos que se evidenciaram na investigação científica de carácter teológico.



 

Rui Jorge Martins
Publicado em 26.11.2016

 

 

 
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