Papa Francisco sublinha importância da «humildade», «pequenez» e «mansidão» na espiritualidade cristã
O papa Francisco realçou hoje no Vaticano que Deus dirige-se a cada pessoa pelo seu nome, ou seja, conhece-a profundamente, e acentuou a importância da «humildade», «pequenez» e da «mansidão» enquanto favorecedores da espiritualidade cristã.
Deus «fala sempre pessoalmente, com os nomes. E escolhe pessoalmente. A narração da criação é uma figura que faz ver isto: é o próprio Senhor que com as suas mãos faz artesanalmente o homem e lhe dá um nome: “Tu chamas-te Adão”. E assim começa essa relação entre Deus e a pessoa», disse o papa, citado pela Rádio Vaticano.
«Todos nós, com o Batismo, fomos eleitos pelo Senhor. Todos somos eleitos. Escolheu-nos um por um. Deu-nos um nome e olha-nos. Há um diálogo, porque assim ama o Senhor», disse.
Na missa a que presidiu, Francisco lembrou que Deus, quando escolhe «as pessoas, e também o seu povo», escolhe sempre os pequenos», como atestam as palavras de Maria, Mãe de Jesus, num dos principais hinos de louvor da Bíblia, o “Magnificat”: «O Senhor olhou para a minha humildade».
O primeiro trecho bíblico proclamado nas missas de hoje, onde se lês que «Deus não vê como o homem: o homem olha às aparências, o Senhor vê o coração», serviu de base à homilia de Francisco.
«A fidelidade cristã, a nossa fidelidade, é simplesmente conservar a nossa pequenez, para que possa dialogar com o Senhor, Conservar a nossa pequenez. Por isso a humildade, a ternura, a mansidão são tão importantes na vida do cristão», salientou Francisco.
Rui Jorge Martins
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21.01.14
Roma, 19.1.2014
Foto: REUTERS/L'Osservatore Romano