O presidente do Conselho Pontifício da Cultura qualificou de «muito positivo» o resultado obtido com as ofertas deixadas no pavilhão da Santa Sé na exposição universal de Milão, que termina este sábado.
«Os visitantes, com as suas pequenas e simples doações, ofereceram 150 mil euros, a fim de que o papa possa apoiar a comunidade de deslocados e refugiados na Jordânia», afirmou o cardeal Gianfranco Ravasi aos microfones da Rádio inBlu, rede de emissoras católicas italianas.
A presença da Santa Sé na iniciativa que decorreu desde 1 de maio foi salientar a importância do pão enquanto «um dos grandes símbolos do alimento universal», em particular no que se refere «à fome no mundo».
O objetivo secundário consistiu em evocar a frase bíblica, atribuída a Jesus, «não só de pão», «recordando a dimensão mais espiritual e cultural que o alimento comporta», observou o prelado italiano.
«É por este motivo que muitos reconheceram que o pavilhão da Santa Sé foi aquele que provavelmente, entre todos, mais pretendeu centrar-se no tema, alinhado com o da exposição universal, "Alimentar o Planeta, Energia para a Vida».
Foram ultrapassados os dois milhões de presenças nos pavilhões ligadas à Igreja na Expo Milão: 1,8 milhões no espaço da Santa Sé e 250 mil visitaram no recinto da Cáritas.
O pavilhão da Santa Sé desenvolveu o duplo significado do alimento como alimento material e espiritual do ser humano, colocando no centro a Eucaristia, interpretada por pintores famosos, Tintoretto e Rubens, a par do tema da partilha, proposto através da experiência de uma mesa interativa.
«A Igreja quis estar presente na Expo Milão com um ângulo e uma mensagem bem precisas: fazer refletir sobre o tema partindo dos rostos das pessoas, das situações concretas que requerem soluções eficazes, e não retóricas», acentuou o cardeal Ravasi.
In "Avvenire"