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Cinema

"Pelas Sombras": Noite de oração na Capela do Rato

Foi uma noite de celebração diferente, a de 16 de março, para as pessoas que encheram quase por completo a Capela do Rato, em Lisboa.

Celebrou-se a vida no seu esplendor, rezámos em silêncio com as palavras e os silêncios da Lourdes Castro; deixámo-nos conduzir pela câmara sensível da Catarina Mourão e agradecemos por todas as coisas belas da Natureza que Deus nos deu. E por todas aquelas que lhe acrescentámos, com Ele criando: os outros, os artistas, o cinema!

À chuva que caía em Lisboa nos demos e lavámos, não a cara como Lourdes, mas a própria alma! Intimamente tocados pela clarividência desta mulher: o significado cristalino das palavras, a delicadeza dos gestos, a simplicidade com que resume a sua vida.

Lourdes Castro, artista dos artistas, poetisa de imagens, compositora de sombras e silhuetas, acedeu há uns anos a ser filmada pela jovem realizadora Catarina Mourão. Catarina conheceu-a a ela e ao seu trabalho em 1997, ano em que uma outra mulher lhe tomava quase toda a atenção: “A Dama de Chandor”, seu primeiro filme. Porque caminhou consigo no pensamento ao longo da carreira atrás das câmaras, Catarina escolheu Lourdes para levar a cabo o projeto de uma produtora interessada em recriar em registo cinematográfico a obra de artistas vários.

Ao ver o filme não duvidamos que este tenha surgido fluído, ligeiro, espontâneo como Lourdes. Fazemos mal. Catarina conta que a realização do filme foi prolongada, com interregnos, foi-se adaptando ao seu sujeito com o tempo e que, na sua extraordinária clarividência, a artista seguiu tudo, a par e passo, o que a realizadora se ia propondo fazer. Cuidando da sua posteridade como do seu quotidiano: desperta. Sempre desperta!

Depois de escolher Lourdes, Catarina foi escolhida: para o prémio Signis Portugal-Árvore da Vida no Indielisboa 2010; para integrar o New York Independent Film Festival; e, agora, por Inês Gil, professora, investigadora de Cinema da Universidade Lusófona, onde coordena o projeto "A Religião e o Cinema em Portugal", e pela secção de cinema do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, liderada pelo padre Tolentino Mendonça, para abrir o Ciclo de Cinema e Espiritualidade a decorrer na Capela do Rato.

O encontro, no âmbito do projeto de investigação sobre as relações entre a Igreja e o Cinema ao longo dos tempos, dirigido pela Lusófona, foi avivado pela participação de um público visivelmente comovido com o documentário. Às suas várias questões responderam a realizadora e a professora num pequeno debate que se seguiu à projeção do filme.

No fim da noite, visivelmente satisfeitos com esta experiência de uma outra transcendência na Capela, os espectadores saíram ansiando pelo dia 13 de abril, data em que os espaços deste pequeno grande templo se enchem com a bela e poderosa verve cinematográfica de Pasolini e “O Evangelho Segundo São Mateus”.

 

FotoDa esquerda para a direita: preparação, início, Catarina Mourão, imagens do documentário "Pelas Sombras"

 

Margarida Avillez Ataíde
Fotografia: Maria De Morais
© SNPC | Atualizado em 21.03.11

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Lourdes Castro












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